Nicanor Coelho, do Midia Max de Dourados | 28 de setembro de 2010 - 10:10

Câmara abre processo para cassar Artuzi debaixo de gritos em Dourados

A última sessão da Câmara Municipal de Dourados antes das eleições de domingo durou apenas 45 minutos. Foi o tempo suficiente para a criação de uma Comissão Processante que terá prazo de noventa dias para apresentar o seu relatório o que possibilitará a cassação do prefeito Ari Artuzi. Nem mesmo a chuva e o tempo frio impediram que o plenário da Câmara ficasse tomado de manifestantes.

Sob gritos de “comissão de ladrões”, foram escolhidos para compor a Comissão Processante os vereadores José Carlos Cimatti (PSB) como presidente; Marcelo Barros (DEM) eleito relato e Cido Medeiros (DEM), como membro.

As presenças de Cimatti e Marcelo Barros na condução a Comissão Processante foi questionada pelos manifestantes uma vez que eles foram presos pela Operação Uragano. Cido Medeiros assumiu a Câmara na condição de suplente e não está envolvido na Operação Uragano.

A presidente Délia Razuk afirmou que a criação da Comissão Processante cumpriu o que determina a Lei Orgânica onde diz que apenas os vereadores titulares podem fazer parte dela. Como a maioria dos dez vereadores presentes fazia parte ou era suplentes dos membros da CPI da Saúde que deu origem à Processante, a escolha recaiu sobre Cimatti, Marcelo e Cido.

Além de votar a Comissão Processante os vereadores aprovaram dois projetos de lei, moções e requerimentos sempre sob as vaias dos manifestantes que portaram faixas e cartazes pedindo eleições já para prefeito e vereadores em Dourados.

 Conforme a Lei Orgânica a Comissão Processante tem cinco dias para começar a se reunir enquanto o prefeito Ari Artuzi terá dez dias para apresentar defesa. Assim que a defesa de Artuzi foi apresentar a Processante deverá apresentar o relatório final que deverá ser apreciado pelos vereadores.

Participaram da sessão os vereadores Albino Mendes (PR), Tio Julio Artuzi (PRB), Zezinho da Farmácia (PSDB), Cido Medeiros (DEM), Aurélio Bonato (PDT), Délia Razuk (PMDB), José Carlos Cimatti (PSB), Marcelo Barros (DEM). Cemar Arnal (PDT) e Gino Ferreira (DEM).