Agência Brasil | 27 de setembro de 2010 - 14:21

Consumo de energia no país mantém trajetória de alta

O consumo de energia elétrica no país em agosto cresceu 7,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, ficando em 35.006 gigawatts-hora (GWh). Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no acumulado de janeiro a agosto, o consumo aumentou 9,2% na comparação com o mesmo período de 2009.

Boletim divulgado hoje (27) pela empresa informa que esse resultado foi fortemente influenciado pelo consumo industrial, cujo desempenho, de 9,5% em agosto, na comparação com agosto de 2009, foi responsável por 4,2 pontos percentuais da taxa global.

De acordo com a EPE, em todo o ano, esta foi a primeira vez que o consumo industrial registrou taxa inferior a 10% de crescimento na comparação mensal, “o que pode ser explicado pelo fato de que em agosto de 2009 já se verificavam sinais de retomada do consumo industrial”.

De janeiro a agosto e nos 12 meses terminados também em agosto, o crescimento do consumo da indústria manteve-se elevado: 12,9% e 7,5%, respectivamente.

Nas residências, o consumo de energia cresceu em agosto 4,5% em relação ao mesmo mês de 2009 e 7,1% no acumulado de janeiro a agosto deste ano, frente ao mesmo período do ano passado. Segundo a EPE, o crescimento poderia ter sido maior não fosse o baixo resultado registrado na Região Sudeste devido ao tímido desempenho de 1,1% no Rio de Janeiro e da taxa negativa de –8,9% no Espírito Santo.

“No primeiro caso, houve influência da temperatura mais baixa e quase um dia a menos no faturamento da baixa tensão, ambos os dados em relação a agosto de 2009." No segundo caso, diz o boletim, houve deslocamento de faturamento para adequação de rotas de leitura.

Quanto ao consumo comercial, a Empresa de Pesquisa Energética informa que o setor vem tendo desempenho intenso em todo o país. Em agosto deste ano, o crescimento foi de 6,1% em relação a agosto do ano passado. No acumulado do ano, a expansão foi de 7,1% na comparação com o mesmo período de 2009.

Para a EPE, o resultado desse setor pode ser avaliado como “uma consequência natural das condições favoráveis de crédito e massa salarial, que alavancam as atividades de comércio e de serviços”.