Folha | 24 de setembro de 2010 - 13:14

Participação do governo na Petrobras sobe para 48%, diz Mantega

O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou nesta sexta-feira que, com a capitalização, a parte do governo na petrolífera sobe de 40% para 48% do capital total. Essa participação engloba as novas ações compradas pela União, por meio da cessão de barris de petróleo, além de papéis adquiridos pelo BNDESPar, pela Caixa Econômica Federal e pelo Fundo Soberano do Brasil.  

O objetivo jamais declarado pelo governo era voltar a ter 50% do capital da Petrobras, como ocorria até o governo Fernando Henrique Cardoso. A meta só não foi atingida devido à forte demanda dos atuais acionistas, que tinham direito a comprar os papéis na proporção de 34% de suas posições.

"O Brasil não terá "a maldição do petróleo". Eu diria que será "a benção do petróleo", disse o ministro, durante cerimônia na BM&F-Bovespa. "A capitalização da Petrobras é um sinal dos bons tempos que o Brasil vive", acrescentou. Na parte da oferta destinada aos antigos acionistas, houve um rateio das sobras mas não há confirmação do critério e da proporção definida para atender as reservas. Mas é fato que o governo não saiu satisfeito.

A adesão dos investidores pessoa física na fase não prioritária, destinada aos investidores em geral, também surpreendeu. O rateio definido foi de 45,77% dos valores pedidos. Quem pediu reserva de R$ 10 mil, por exemplo, só levou R$ 4.577 em ações.