Rafael Faria | 14 de setembro de 2010 - 18:00

Rafael Faria escreve sobre os Exercícios Físicos Regulares

Exercício Físico Regular

Prof. MSc. Rafael Faria Corrêa*

Nos últimos anos, tem sido observadas alterações nos padrões alimentares dos indivíduos, decorrentes de modificações na estrutura econômica, social, demográfica e de saúde, fenômeno esse definido como “transição nutricional” de modo que, atualmente a obesidade é a patologia nutricional que mais tem crescido em prevalência, não apenas nos países ricos, mas também nos países em desenvolvimento, representando uma doença complexa de fatores relacionados com o comportamento, o meio ambiente e também fatores genéticos, os quais podem influenciar as respostas individuais relativas à dieta e à prática de Exercícios Físicos.

 A inatividade física, o sedentarismo, o uso inadequado dos alimentos, o “comer” noturno, uso de medicamentos, estresse, entre outros vários fatores, contribuem para o aumento da obesidade. Os fatores promotores da obesidade são de causas genéticas, nutricionais, endócrinas, hipotalâmicos, farmacológicas e o sedentarismo, estando também relacionada à administração de insulina e de glicocorticóides. Este processo leva ao aumento das células adiposas e também aumento do número dessas células. Assim o tamanho final dos depósitos adiposos dependeria da interação entre a carga genética, fatores ambientais e hormonais que influenciariam o número e o tamanho de tais reservas.

O sedentarismo e o excesso de peso são problemas interdependentes e que podem ser reduzidos com um estilo de vida ativo fisicamente. O peso excessivo está relacionado a um maior risco de mortalidade e morbidez, incluindo doença aterosclerótica, coronariana, hipertensão, diabetes não insulino-dependente e outras enfermidades.  Grande parte da população teme a obesidade apenas por achá-la fora dos padrões de beleza, desconhecendo os problemas relacionados com a saúde.

O aumento da obesidade no Brasil torna-se relevante ao verificar-se que este aumento apesar de estar distribuído em todas as regiões do país e nos diferentes estratos socioeconômicos da população, é proporcionalmente mais elevado entre as famílias de baixa renda, isso pode ser explicado pelo fato de que os alimentos que apresentam maiores teores de gorduras são mais baratos.

O exercício físico promove vários benefícios à saúde, dentre os quais podemos citar a composição corporal, pois com o aumento da massa magra e diminuição da gordura corporal, aumenta a eficiência de trabalho, melhora a aparência física, menor incidência de problemas de doenças relacionados à obesidade, entre outros.

Após o exercício, o consumo de oxigênio permanece acima dos níveis de repouso por um determinado período de tempo, denotando maior gasto energético durante este período, acarretando em um aumento no gasto calórico diário. A prática regular de exercício físico de forma planejada e programada como caminhar, nadar, pedalar, fazer aulas de hidroginástica, com a duração das sessões variando entre 20-60 minutos, de forma contínua ou não, pelo menos 3-5 sessões de exercícios por semana, numa intensidade de 50-85 por cento do consumo máximo de oxigênio (VO2 max), ou 60-90 por cento da freqüência cardíaca máxima mostram-se ideais para a melhora de doenças crônicos degenerativas.