Agência Brasil | 9 de setembro de 2010 - 08:52

Estatais terão orçamento de R$ 107,5 bilhões para investir em 2011

A proposta de Orçamento Geral da União para o próximo ano, encaminhada ao Congresso, prevê reserva de R$ 107,5 bilhões para os investimentos das estatais. O montante é 13,3% maior que os R$ 94,9 bilhões previstos para 2010.

A maior parte dos recursos corresponde à Petrobras, que sozinha responderá por R$ 91,2 bilhões em investimentos das estatais federais. Desse total, R$ 78,7 bilhões serão aplicados no próprio País e R$ 12,5 bilhões no exterior.

Em segundo lugar, estão as empresas do Grupo Eletrobras, com investimentos estimados em R$ 8,16 bilhões. Em 2011, as estatais terão de economizar R$ 7,6 bilhões, equivalentes a 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB), para compor a meta de superávit primário.

Na verdade, apenas as empresas dos grupos Eletrobras e Itaipu (R$ 5,7 bilhões) estão obrigadas a economizar. Desde 2009, a Petrobras está dispensada do esforço fiscal.

O Orçamento do próximo ano também reserva R$ 2,2 bilhões para a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Os principais investimentos são a ampliação da pista do aeroporto de Porto Alegre, com R$ 110 milhões destinados, e a reforma do segundo terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, com R$ 103 milhões.

Entre as instituições financeiras federais, o Banco do Brasil terá R$ 2,17 bilhões e a Caixa Econômica R$ 951 milhões, para investir na manutenção e ampliação da infraestrutura de atendimento, informática, máquinas e equipamentos.

No primeiro semestre de 2010, segundo os dados mais recentes do Ministério do Planejamento as estatais investiram R$ 37,9 bilhões. O valor é recorde e supera em 27% o montante registrado nos seis primeiros meses de 2009, de R$ 29,7 bilhões.

Em todo o ano passado, as estatais federais investiram R$ 71,1 bilhões, de um Orçamento de R$ 79,9 bilhões.

De acordo com o levantamento, de janeiro a junho as estatais investiram 40,1% do orçamento de R$ 94,4 bilhões. No primeiro semestre de 2009, a execução correspondia a 37,9% da verba prevista