Agênciaaids.com.br | 8 de setembro de 2010 - 18:05

Cancro do pénis: 80% dos casos precisam de amputação

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo alerta para os perigos do cancro do pénis, uma doença que pode levar à amputação do órgão caso o diagnóstico seja tardio, avança o site noticioso da Globo, o G1.

Ligada à falta de higiene, a doença atinge 2% da população masculina no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia. Bastante invasivo, o tumor maligno no órgão apresenta índices de até 10% nas regiões Norte e Nordeste.

Sintomas como feridas no pénis podem ser facilmente caracterizados como problemas menores, segundo o urologista Alexandre Crippa, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, que recebe 60 pacientes com cancro no local por ano.

A confusão com patologias sexualmente transmissíveis leva à automedicação em muitos casos, o que possibilita o agravamento dos sintomas e a procura médica tardia.

A fimose é uma das barreiras à higienização do pénis, afirma Crippa. Para o médico, a dificuldade de limpeza pode levar a agressões químicas e traumas que desencadeam o cancro.

O tratamento da doença é geralmente a intervenção cirúrgica. Caso o diagnóstico seja feito em estadio avançado do cancro, a amputação total do pénis pode ser a solução mais adequada. É o que ocorre em 80% dos casos, segundo a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo.

Uma detecção precoce do cancro pode impedir a mutilação e fazer com que o paciente mantenha uma vida sexual activa e principalmente que fique livre do tumor maligno. Quanto à prevenção, a higiene adequada, durante a rotina do homem, com água e sabão, é essencial, segundo o especialista