Reuters | 31 de agosto de 2010 - 09:30

Produção industrial brasileira cresce após 3 meses de queda

A produção industrial brasileira cresceu 0,4% em julho ante a junho, na série livre de influências sazonais, após três meses consecutivos de queda. Em relação a igual mês de 2009 houve expansão de 8,7%, completando nove meses seguidos de taxas positivas. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O acumulado nos sete primeiros meses do ano (15,0%) ficou abaixo do registrado no primeiro semestre (16,2%), mostrando desaceleração. O acumulado nos últimos 12 meses até julho (8,3%), acentuou o ritmo de crescimento ante a junho (6,5%), permanecendo com a trajetória ascendente iniciada em outubro de 2009. A média móvel trimestral, no entanto, seguiu negativa pelo segundo mês, com queda de 0,3%.

O IBGE revisou ligeiramente para baixo o dado de junho sobre maio, de queda preliminar de 1% para baixa de 1,1%.

Em julho sobre junho, 17 dos 27 setores pesquisados tiveram aumento da produção, com destaque para Veículos automotores (3,6%), Outros produtos químicos (3%) e Farmacêutica (4,6%).

Entre as categorias de uso, sobre junho, bens intermediários e bens de consumo duráveis tiveram as maiores altas, de 0,9% cada. A atividade de bens de consumo semi e não duráveis teve variação positiva de 0,3%, enquanto a de bens de capital teve retração, de 0,2%.

Na comparação anual, 21 dos 27 setores registraram elevação da atividade. Destcaram-se Veículos automotores (26,5%), Metalurgia básica (19,5%) e Alimentos (7,3%).

Todas as categorias de uso tiveram crescimento sobre julho de 2009. Os maiores foram de bens de capital, com 21,1%, e bens intermediários, com 11,3%. A produção de bens de consumo semi e não duráveis cresceu 3,9% e a de bens de consumo duráveis, 2,2%.