Mídia Max | 17 de agosto de 2010 - 17:32

Instalação de empresa que pruduz energia atômica gera protestos em MS

 

Mato Grosso do Sul é um dos estados citado no acordo de cooperação técnica entre a Eletronuclear (empresa da Eletrobras encarregada da geração de energia atômica) junto com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), para estudos preliminares de possíveis de instalações de usinas nucleares divulgado na semana passada.

Além de MS, os outros estados que podem receber as usinas são: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás. Definições sobre metodologia de pesquisa ainda Serão definidas pelo EPE e a Eletronuclear.

O valor do acordo entre as duas usinas é de R$ 3,3 milhões, a EPE investirá até 1,28 milhão, durante os 24 meses de duração da parceria, que pode ser prorrogada. O estudo veio à tona após o Plano Nacional de Energia (PNE) 2030 elaborado pela EPE com o governo federal em 2007, que prevê a redução da capacidade hidrelétrico em 20 anos.

De acordo com o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim , "como o potencial hidrelétrico brasileiro começa a se esgotar dentro de aproximadamente 20 anos, a energia nuclear passará a ser uma boa opção para a expansão, complementada por fontes alternativas como a eólica e a biomassa".

Organizações de MS são contra

Representantes dos Fóruns de Defesa do Pantanal e o Fórum de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Mato Grosso do Sul se reuniram na tarde de hoje (17) para discutir o assunto.

“Faremos um ofício para pedir o contrato junto a Eletrobás para sabermos como esses estudos serão feitos. Outro ponto a se destacar é que a sociedade sul-mato-grossense não sabe dessa possibilidade”, disse Haroldo Borralho, coordenador de meio ambiente do Cedampo (Centro de Defesa e Apoio aos Movimentos Populares).

Na reunião foi discutido que as organizações sociais primeiramente têm de informar o teor da análise para que posteriormente sejam feitas as discussões em relação à possibilidade de Mato Grosso do Sul ter usinas nucleares.

A questão ambiental é um dos principais pontos da preocupação. “O lixo ambiental é um exemplo de preocupação”, disse Eduardo Romero, coordenador da Associação Bálsamo.