| 9 de agosto de 2010 - 17:58

Semana sem chuva em todo Mato Grosso Sul

Uma massa de ar seco predomina e deixa o dia ensolarado e sem chuva em todo o Estado. As temperaturas podem chegar a 35°C em Miranda, Coxim, Aquidauana e cidades vizinhas. Em Campo Grande, apesar da manhã amena, o calor prevalece à tarde. Os termômetros devem registrar máxima de 32°C a tarde , com umidade relativa do ar em 25%.

A estiagem permanece durante toda a semana segundo dados do Centro de Monitoramento de Tempo, do Cemtec (Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul).

Nesse período será preciso tomar os devidos cuidados com a saúde em relação ao tempo seco. A umidade relativa do ar pode ficar abaixo dos 20%, o que caracteriza estado de alerta.

Fenômeno La Niña

De acordo com o Cemtec, a situação pode mudar partir do dia 19. A chegada de uma nova frente fria traz possibilidades de chuvas fracas, principalmente nas regiões sul e sudoeste do Estado.

“É preciso lembrar que a tendência é mínima. Já esperávamos por isso, uma vez que a previsão da estação de inverno indicou um período de seca intensa devido ao fenômeno La Niña”, ressalta a coordenadora Técnica e Meteorologista do Cemtec, Cátia Braga.

O La Niña ocorre devido à diminuição da temperatura dos oceanos ocasionada pelo aumento da força dos chamados ventos alísios.

“São ventos fortes que intensificam a ressurgência das águas do Pacífico, ou seja, as águas mais profundas do oceano se misturam com as da superfície, causando o esfriamento das mesmas. Com isso, há menos evaporação e, portanto, menos chuvas”, explica.

O oposto ocorre com o fenômeno El Niño, que ocorre devido ao aumento da temperatura do oceano Pacífico.

Além do La Niña, que é um fenômeno global, existem fatores climáticos regionais que também contribuem para o período de seca e um efeito de calor, normais nessa época do ano em Mato Grosso do Sul.

“O Estado fica sob um sistema de alta pressão, que cria um efeito tampa. Isso propicia um bloqueio atmosférico que impede a formação de nuvens e deixa a umidade do ar bastante baixa”, completa Braga, e acrescenta que a umidade relativa do ar é, na maioria dos casos, inversamente proporcional à temperatura.