O cerrado está em perigo. Um levantamento da Ong "Conservação Internacional" aponta que quase 60% da área original já foram destruídos. Os 40% restantes também estão bastante degradados. Em Mato Grosso do Sul, o quadro é um dos piores.

Em entrevista ao Bom Dia MS, Mônica Harris, disse que a pesquisa aponta que a expansão da fronteira agrícola, tida como um benefício para a economia estadual, é um dos fatores de risco para a vegetação de cerrado. Outra prática associada à agricultura tem sido a pecuária. No Estado, segundo a entrevistada, já perdeu 71% de sua área de cerrado. No entanto, há grandes remanescentes na Serra de Maracaju. Atualmente, 73% do pantanal ainda estão preservados, mas Mônica Harris alertou que as nascentes estão no cerrado e pode acontecer como ocorreu com o rio Taquari, que sofre com o assoreamento.

A entrevistada lembrou que a situação é reversível por meio de trabalhos de prevenção e recuperação. Entre as ações, estão a aplicação de medidas previstas no Código Florestal com a manutenção de 20% de reserva legal, áreas de galerias e reservas de morro. A diretora sugeriu também a destinação de porcentagem de recursos da safra, que poderiam ser usados para recuperação e preservação das nascentes.

 

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