Folha Online | 6 de agosto de 2010 - 05:22 ELEIÇÕES 2010

Cerca de 200 mil eleitores votarão fora do País

Para conhecer novas possibilidades e técnicas de cultivo cerca de 100 produtores do assentamento Margarida Alves, de Rio Brilhante, participam nesta quinta-feira dia cindo, do Dia de Campo: Cultura da Pupunha, na Gleba Santa Teresinha, na cidade de Itaporã, no sul do Estado. Durante a visita, organizada pelo Sebrae, em parceria com a Unigran, o Banco do Brasil e a Prefeitura de Rio Brilhante, o grupo vai conhecer o trabalho de César Janzeski, que há cinco anos planta pupunheiras em sua propriedade.

O consultor do Sebrae, Carlos de Camilo, que trabalha na orientação dos produtores da gleba conta que a pupunha é um palmito doce e de mesa. As árvores estão prontas para o corte em quatro anos, e de dois em dois anos há uma nova produção. “Não dá para trabalhar com a pupunha como cultura principal, mas sim em conjunto com outros cultivos. Você pode, por exemplo, ter as palmeiras e nas entrelinhas plantar mandioca, milho ou feijão”, relata.

Assim como no exemplo do consultor, César Janzeski não tem na pupunheira sua principal fonte de renda. De acordo com ele, o carro chefe de sua propriedade é a goiaba, que planta em cerca de cinco hectares. “De pupunha eu tenho aqui mais ou menos meio hectare. Dá umas 2.500 árvores”, conta. A média da produção de palmito na sua terra é de mil quilos por ano.

Atualmente, Janzeski vende o palmito que retira das palmeiras in natura sob encomenda. No entanto, já tem planos para beneficiá-lo. “Estou começando uma indústria de polpas, mas quero aproveitar a estrutura para ‘envidrar’ a pupunha em conserva”.

Para Carlos de Camilo, essa mudança vai significar um grande salto no faturamento do produto. “Atualmente o César vende uma peça inteira de palmito por R$ 8. Com as conservas, além de conseguir colocar o produto em feiras e supermercados, vai conseguir o dobro do valor pela mesma quantidade de produto”, estima.