29 de novembro de 2004 - 08:50

Avicultores de MS em crise pedem apoio

Produtores de frango de Mato Grosso do Sul estiveram reunidos na sede da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) com os deputados estaduais Zé Teixeira e Ari Artuzi e com o secretário de produção Dagoberto Nogueira para relatar a difícil situação que passa a atividade na região de Dourados. Há mais de dois anos os avicultores amargam prejuízos e não conseguem uma solução para o problema.

De acordo com o diretor secretário da Famasul, Ademar Silva Júnior, um dos problemas enfrentados pelos produtores é o preço pago pela integradora por cabeça da ave. "Eles estão passando por grandes dificuldades financeiras e a federação tem tentado um contato com a empresa que compra frango deles, mas não tivemos retorno", disse. O diretor ressalta que é fundamental o apoio da Assembléia Legislativa.
Para o deputado Zé Teixeira, a situação desses produtores é bastante complicada. "É lamentável sentar a mesa com um setor que produz, alavanca a economia, que gera empregos e ver a má remuneração de que são integrados", disse. "Nós queremos organizar um diálogo aberto, sincero e franco entre as duas partes para saber qual razão das diferenças e problemas identificados", completa.

O importante para o deputado é que eles continuem trabalhando, pois vários criadores já desistiram e desativaram seus barracões. Ele irá agendar agora, uma audiência pública com as duas partes.

De acordo com a Câmara Setorial da Avicultura e Estrutiocultura, Mato Grosso do Sul é o sexto Estado brasileiro na produção de aves, com seis indústrias processadoras. Mas apesar deste cenário favorável, a cadeia produtiva da carne de frango esta com alguns elos em dificuldades, o que pode comprometer todo o desenvolvimento do setor em Mato Grosso do Sul.

Os produtores da região de Dourados já começaram a abandonar a atividade, fechando e até vendendo os aviários para outras regiões produtivas. Eles alegam que o preço que recebem por cabeça de frango não cobre os custos de produção. Além disso, o longo período entre uma remessa e outra para alojamento das aves, não compensa o alto investimento dos aviários.

 

 

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