Fátima News | 29 de julho de 2010 - 10:02 FÁTIMA DO SUL

Fátima do Sul: Agricultor destaca melhorias no leite após resfriadores

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Como parte da política de suporte da pecuária leiteira,que constitui a maior parte da receita dos agricultores familiares,o governo do estado entregou 153 resfriadores em  49 municípios, beneficiando mais de 3.200 pequenos produtores. Dos 153 resfriadores, 135 deles têm capacidade para processar 2 mil litros de leite; 16 são para 3 mil litros e dois para mil litros. O Governo investiu ainda na compra de 141 patrulhas mecanizadas, adquiriu 141 assistência, reforçou a equipe de técnicos, reconstruindo a estrutura de assistência técnica e extensão rural do Estado que passou por um processo de sucateamento no Governo que extinguiu a Empaer.

 

Para o gaúcho Almir José Pasternak, 49 anos, residente em Mato Grosso do Sul há 9 anos, a possibilidade de contar com um resfriador comunitário dará condições de se dedicar exclusivamente na produção de leite. Residente em Fátima do Sul, ele lembra que quando morava em Mundo Novo, chegou a produzir 300 litros de leite por dia. “Tá melhor produzir leite, do que mexer com a terra”, afirma o produtor, lembrando que pretende sustentar sete membros de sua família com essa atividade.

 

Proprietário de dois sítios em Fátima do Sul, com uma área total de 33 hectares, hoje sua produção de leite se resume a apenas 40 litros por dia. “Com esse apoio do governo do Estado, pretendo parar de mexer com a lavoura e só lidar com leite, superando a produção que conseguia em Mundo Novo. Lá eu tinha um resfriador, pagando por ele cerca de R$ 8 mil. A principal vantagem deste equipamento é garantir a produção de leite com qualidade, obedecendo todas as normas de higiene”, afirma. Almir lembra que enquanto um litro de leite in natura é vendido a 0,38, passando pelo resfriador ele passa a valer R$ 0,52.

 

Rosa Maria de Jesus, 45 anos e Luzia Melo Correia, 53 anos, simbolizam a essência do conceito que foi criado o Projeto Resfriadores Comunitários. As duas residem no assentamento Iguaçu, em Itaquiraí, onde vivem mais de 300 famílias. Vizinhas, donas dos sítios Irapuru e Santa Luzia, respectivamente, as duas apostam no resfriador, para dobrar a produção de leite. A rotina de ambas é acordar por volta das 5h e trabalhar durante cerca de 2 horas e meia para tirar o leite de todas as vacas.

 

A meta de Rosa é chegar a produzir 200 litros de leite por dia, o que garante uma receita de aproximadamente de R$ 100. Hoje ela consegue produzir cerca de 40 litros.  Já Luzia produz cerca de 60 litros e quer chegar a produzir até o fim deste ano, 100 litros. “Meu sonho e do meu marido é colocar em prática o projeto Balde Cheio, que é dotar a pastagem com irrigação, melhorando a qualidade do pasto e como conseqüência a produção de cada vaca”, afirma Rosa.

 

Já Luzia, ressalta a importância da assistência técnica oferecida pela Agraer. “Esse apoio do governo é a primeira vez que recebemos no assentamento. Isso é muito importante. Nos estimula a querer melhorar de vida. Hoje tiro leite só de manhã, com o resfriador, pretendo conseguir tirar 50 litros de manhã e 50 litros à tarde. Hoje, aqui, aprendi a importância da energia elétrica nesse processo. Eles disseram que é fundamental conservar o leite na temperatura certa, o que influencia na qualidade do produto. Isso, nos meus oito anos de atividade eu não sabia”, destaca.