G1 | 29 de julho de 2010 - 09:48

Delegado diz que já tem provas suficientes contra Bruno

O delegado Edson Moreira, que preside o inquérito do caso Eliza, afirmou ter provas suficientes para acusar o jogador Bruno da morte da ex-amante. A jovem lutava pelo reconhecimento do filho. Um último episódio confundiu a opinião pública: o depoimento do adolescente de 17 anos, primo de Bruno, que durante acareação de terça-feira (27), assumiu ter mentido nos outros depoimentos feitos à polícia.

 - A Polícia Civil de Minas Gerais segue convicta de que tem provas suficientes para incriminar o goleiro Bruno Fernandes de Souza pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver da modelo Eliza Samudio.

A acareação foi acompanhada pela Polícia Civil, advogados, pela mãe do menor além de um representante da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais(OAB-MG). O menor, que nos depoimentos feitos às polícias do Rio de Janeiro e Minas Gerais, afirmou ter presenciado a cena do crime, além de ter visto a mão de Eliza ter sido jogada aos cães, desmentiu e disse ter criado tudo porque estava sob efeito de drogas e que teria sido pressionado por uma delegada a inventar qualquer coisa, caso contrário, pegaria internação de seis anos ou mais.

Apesar da mudança do depoimento, a polícia acredita que a acareação foi favorável e proveitosa, como explicou Edson Moreira. O laudo de algumas perícias, análise de documentos e materiais recolhidos em locais de buscas são fundamentais para conclusão do inquérito.

O delegado que preside o inquérito disse que, por meio da quebra de sigilo telefônico dos suspeitos, os investigadores estão cruzando ligações feitas entre eles. Os registros do GPS do carro de Bruno, a Ranger Rover, onde foi encontrado o sangue da Eliza, devem apontar a trajetória feita nos dias em que Eliza foi sequestrada e mantida em cativeiro, entre os dias 4 e 8 de junho.

Uma das provas mais importantes pode estar em um computador portátil de Macarrão apreendido na casa do goleiro Bruno no Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro. Provas que a polícia tem e que somente serão divulgadas no relatório do inquérito, previsto para a próxima semana.