Diário MS | 6 de julho de 2010 - 13:12

Internet banking já lidera transações bancárias no Brasil

Dados do Banco Central mostram que a internet já é o canal de atendimento bancário mais utilizado no País, ultrapassando os terminais de autoatendimento. O BC aponta que no Brasil, em 2009, 31% das transações bancárias foram feitos pela internet. O crescimento dessas operações é de 64% desde 2006.

Para o secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Dourados, Edgar Alves Martins, a mudança na forma de atendimento, além de não ser segura, pode prejudicar a vida dos funcionários dos bancos. “Nós lutamos contra essa mudança. Para nós do Sindicato, a transferência de operações para internet, lotéricas e outros locais é uma forma de diminuir a mão-de-obra nos bancos. Além disso, não acho seguro. Somente nas agências você obtém um comprovante bancário da operação”, afirma o secretário. Quanto à diminuição das filas, Edgar Martins diz que não vê a internet como a melhor maneira para resolver o problema. “Não é o meio correto, pois tende a diminuir o número de funcionários nos bancos”.
O advogado Lucas Rigonatt Paes é um exemplo de cliente que não se intimida com o uso da internet para a realização de transações bancárias. “Já utilizei a internet para ver extratos, saldos, fazer transferências e pagamentos. No início você fica com receio, mas depois que faz uma vez, vê que não tem problema nenhum, desde que mantenha o antivírus atualizado”, afirma Paes.
O Diário MS entrou em contato com agências bancárias do Estado que disseram não ter um levantamento sobre os índices de atendimento pela internet no Mato Grosso do Sul. Mas a maioria acredita que, por aqui, as operações nos terminais de autoatendimento ainda sejam maiores do que os feitos pela internet.

OUTROS DADOS

Ainda de acordo com levantamento do Banco Central, o uso de papel moeda cresceu 12,7% em relação a 2008. A média da quantidade por pessoa, que era de R$ 408,93 em 2008, subiu para R$ 459,94 no ano passado.
O uso de cheques continua a cair. Em 2009, a quantidade de cheques emitidos apresentou redução de 8,2%. Com isso, a participação dessa forma de pagamento foi reduzida para 9,8%. Porém, o valor médio dos cheques aumentou aproximadamente 6%, ficando em R$ 884.
Já os cartões de crédito e débito em circulação tiveram uma desaceleração. O crescimento nas transações com esse instrumento foi de cerca de 10%, inferior ao crescimento médio anual em 2008, que ficou em 23%.
Segundo o BC, para que o sistema de pagamentos melhore é necessário que as redes de atendimento automático e as transações com cartão de crédito sejam mais eficientes.
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