“Porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado” – Lucas 14:11

Terminou para o selecionado brasileiro sua estadia em terras africanas. Esse desastre era esperado por muitos bem antes da jabulani começar seu passeio naquele continente. É claro que não se pode execrar os convocados pela derrota e naturalmente pela eliminação no torneio, mas com a exibição de hoje ficou mais do que evidente a presença de um time capenga; não existia uma equipe, um grupo e a falta de talento, então...

Como ganhar um torneio dessa envergadura contando com jogadores “cabeçudos” na sua grande maioria, o próprio Kaká nunca apresentou equilíbrio suficiente para comandar a camisa amarelinha. Nesse confronto contra a Holanda especificamente, ficou patente a falta de dois ou três jogadores que pudessem tirar gordura a mais na hora do vamos ver.

Em vez de ficar com birra com integrantes da imprensa, o comando técnico da seleção deveria ter a hombridade em absolver observações apontadas por profissionais desse segmento.

Mas o que todos gostariam de falar e até agora não tiveram oportunidade é que a teimosia mais uma vez sobrepôs à qualidade de alguns que poderiam estar na disputa.

O momento de tristeza que toma conta do Brasil não pode ser mais importante do que o reconhecimento da superioridade do adversário, pois além da Holanda, Espanha, Argentina e Alemanha se mostram alguns níveis acima do nosso futebol.

Teve opiniões de que o Brasil dominou o primeiro tempo, na verdade mostrou um pouco mais de perna, sendo que o conjunto holandês já predominava depois dos trinta e cinco minutos dessa etapa e assim foi até o termino do quarto duelo entre as seleções. A Holanda passa para sete gols contra cinco do Brasil, agora somam duas vitórias para cada uma e um empate.

Também era sabido por muitos que o selecionado nacional entrou nessa copa no limite. Aquele receio de quem poderia substituir um atleta do naipe do Kaká e do Robinho, por exemplo, feita lá atrás, antes de fechar a convocação se confirmou no combate desta sexta, segundo dia de julho. Ah! Cadê o Ganso, Neymar, Ronaldinho Gaúcho, Hernanes e até o Adriano...

Tomara que a Laranja Mecânica conquiste seu primeiro titulo mundial ou a Espanha, o Paraguai, Gana, é melhor do que o terceiro da Argentina e o quinto da Alemanha. Se bem que o grupo da última equipe é disparado o melhor do torneio. Comparo a Seleção Alemã de hoje com a do Brasil em 2002, quando o técnico Felipão Scolari contava com: Lúcio, Edmilson, Roque Junior, Gilberto Silva, Marcos, Kaká, Vampeta, Anderson Polga, Dida, Rogério Ceni, Belletti, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Roberto Carlos, Klebérson, Rivaldo, Cafú, Júnior, Ricardinho, Luisão, Edilson, Denílson e Juninho.

O time titular do penta era este: Marcos, Cafu, Lucio, Roque Junior e Roberto Carlos; Edmílson, Gilberto Silva, Kléberson e Ronaldinho Gaúcho; Rivaldo e Ronaldo.

Elenco 2010
GOLEIROS: Julio César (Inter de Milão), Doni (Roma) e Gomes (Tottenham).
LATERAIS: Daniel Alves (Barcelona), Maicon (Inter de Milão), Gilberto (Cruzeiro) e Michel Bastos (Lyon).
ZAGUEIROS: Lúcio (Inter de Milão), Luisão (Benfica), Juan (Roma) e Thiago Silva (Milan).
MEIO-CAMPISTAS: Elano (Galatasaray), Felipe Melo (Juventus), Gilberto Silva (Panathinaikos), Josué (Wolfsburg), Julio Baptista (Roma), Kaká (Real Madrid), Kleberson (Flamengo) e Ramires (Benfica).
ATACANTES: Robinho (Santos), Nilmar (Villarreal), Luis Fabiano (Sevilla) e Grafite (Wolfsburg).

Escalação contra a Holanda: Julio César, Maicon, Lucio, Juan e Michel Bastos (Gilberto); Gilberto Silva, Felipe Mello, Daniel Alves e Kaká; Robinho e Luiz Fabiano.
Técnica: Dunga

*Bacharel em Comunicação Social em ênfase em jornalismo formado pelo Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran)

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