Uma das bebidas preferidas do brasileiro, ma cerveja, tem sido cada vez mais consumida. O aumento da renda das classes C, D e E é o fator que mais contribui para elevar o consumo da bebida no Estado e em todo o país.

O diretor da distribuidora da Ambev em Dourados, a Grandourados, Marcelo Mariano, diz que observou uma mudança mais significativa nos últimos três anos. “As pessoas estão, sem dúvida, com maior poder de compra. Com isso, as vendas subiram em até 20% ao ano”.

Com a Copa do Mundo o aumento é ainda maior. “Nessa época as vendas aumentaram mais 20%. Precisamos até antecipar os estoques em dia de jogo do Brasil, para não faltar”, explica.

De acordo com Marcelo, com a diversificação da cerveja, as marcas, antes consideradas caras, hoje alcançam clientelas de todas as classes. “Hoje atingimos todas as classes e o consumo só tem aumentado. Só na cidade de Dourados a empresa dele entrega 15 caminhões, por dia, de cerveja”.

Em outra distribuidora da cidade, da marca Cristal, o aumento é variável. “Pode chegar a 40% ao mês. E tudo indica que isso seja por consequência do maior poder aquisitivo dos consumidores”, afirma o supervisor Wanderlei Salustiano.

Segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), a elevação do consumo da bebida no Brasil deve ficar entre 10% e 12% este ano.

Em 2009, o consumo nacional cresceu 10,9%, apesar da crise econômica internacional. O mercado somou 10,91 bilhões de litros de cerveja fabricados e comercializados em todo o país, gerando um faturamento bruto de R$ 31 bilhões.

No Brasil, o consumo por pessoa não chega a 60 litros/ano. Bem abaixo do registrado na Alemanha, onde o valor por habitante está em torno de 120 litros/ano e na República Checa, na qual o consumo supera 150 litros per capita anuais.