Globo Esporte | 1 de julho de 2010 - 05:18

Pelé critica Maradona como técnico e diz que Brasil não o convence

As polêmicas declarações entre Pelé e Maradona ganharam mais um capítulo nesta quarta-feira. Em entrevista ao jornal alemão “Tagesspiegel”, o maior jogador da história do futebol afirmou não ter problemas com o argentino, mas não deixou de fazer uma crítica, afirmando que não o considera um bom técnico. Além disso, revelou certo descontentamento com a participação da seleção brasileira na Copa do Mundo da África do Sul. Mesmo assim, confia no título.

- Apesar da vitória por 3 a 0 sobre o Chile, esta equipe ainda não me convenceu completamente - comentou o Rei do Futebol, que criticou o estilo defensivo e o argumento de Dunga, que disse buscar um time equilibrado.

Pelé considerou a Espanha como um dos principais concorrentes do Brasil ao título e disse que a Alemanha poderia surpreender "em um dia bom". Excluiu os argentinos da lista dos favoritos e não aprovou Maradona na condição de treinador.

Não tenho nenhum problema com Maradona, apenas acho que ele não é um bom técnico. Ele teve uma vida muito conturbada, e isso raramente é bom para uma equipe - afirmou, explicando que craques são capazes de se organizar sozinhos em campo e que a atuação de Messi abre espaço para os companheiros.

A seleção da Alemanha foi elogiada por Pelé, que disse ser divertido vê-la em campo. Para ele, o time tem qualidade, mas é inexperiente para buscar o título.

- Eles podem driblar e criar momentos surpreendentes. A Alemanha tem um dos times mais jovens da Copa do Mundo. Mas acho que é inexperiente demais para o título - comentou.

Pelé criticou alguns lances do jogo entre Brasil e Costa do Marfim, pela segunda rodada da fase de grupos. A violência dos africanos e a expulsão de Kaká poderiam ter sido evitadas, segundo ele.

- Antes da Copa, os jogadores da Costa do Marfim prometeram futebol técnico e rápido. Mas onde esteve isso? A única coisa que vi no jogo contra o Brasil foi provocação e pontapé. Na expulsão do Kaká, o adversário corre em direção a ele, sem olhar. Kaká se protege e levanta o braço. Não foi agressão - analisou