25 de novembro de 2004 - 17:05

Pai é acusado de estuprar uma filha e molestar outras duas

 

Um homem de 44 anos foi preso acusado de manter relação sexual com uma filha de 13 anos e molestar outras duas, uma de oito e outra de seis anos de idade, no município de Tacuru. O delegado de Polícia Civil Dr. Napoleão Rodrigues Júnior, titular da delegacia de Sete Quedas, que está respondendo pelo expediente na delegacia de Tacuru, na região sul do Estado, representou pela prisão preventiva contra o acusado.

Segundo a Polícia Civil de Tacuru, o fato veio à tona por volta das 17h do último domingo (21/11) quando o acusado, que estava embriagado,  quebrou braço direito do próprio filho, um garoto de 9 anos, com um pedaço de madeira, por causa de um facão que ele havia pedido ao menino para matar o cachorro de uma vizinha, mas o garoto não havia encontrado a arma. O fato foi denunciado por populares junto ao Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente de Tacuru, que informou à polícia.

O homem é indígena e trabalha em lavoura em uma área de terra na Aldeia Jaguapiré, situada a 25 quilômetros da cidade em Tacuru, mas há seis anos mora na cidade. Diante da denúncia, a Polícia Civil requereu um exame de corpo e delito nas três adolecentes, onde o laudo médico comprovou, , que a maior, a garota de 13 anos, realmente teria sofrido abuso sexual, através da comprovação da conjunção carnal.

Em depoimento na delegacia, a criança conformou o abuso e disse aos policiais que seu pai vinha mantendo relação sexual com ela há quatro anos, desde que sua mãe havia abandonado a família e ido embora da cidade. Durante o processo de investigação a polícia descobriu também que o indígena já vinha molestando as outras duas filhas, porém não havia acontecido a conjunção carnal ou o "estupro" propriamente dito.

Ao ser detido para prestar esclarecimentos sobre as acusações, o agricultor indígena se limitou a dizer que "é normal" entre indígenas de sua etnia, a "kaiowá" pais, filhos, sobrinhas e membros da mesma família manterem relação sexual entre si. "Todos se aglomeram em volta da fogueira e ninguém é de ninguém", disse o indígena ao delegado responsável pela investigação do caso. De acordo com a Polícia Civil de Tacuru, enquanto aguarda uma resposta da Justiça em relação ao pedido de prisão preventiva do acusado, ele permanece solto e inclusive em companhia das vítimas em sua residência. As informações são do site dourados agora.