G1 | 8 de junho de 2010 - 07:12

Cesta básica fica mais barata em 12 capitais em maio, diz Dieese

A cesta básica ficou mais barata em maio em 12 das 17 capitais analisadas pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada nesta segunda-feira (7).

De acordo com o Dieese, foi a primeira vez no ano que houve redução de preço na maioria das capitais.

A redução nos preços do tomate, que vinha subindo desde o começo do ano, foi apontada pelo Dieese como a principal causa para os preços menores. Ja o preço do feijão subiu em todas as cidades pesquisadas.

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica, que mede a variação nos preços dos alimentos essenciais ao consumidor, apontou deflação mais forte nas seguintes localidades: Rio de Janeiro (-5,04%), Porto Alegre (-4,41%), Belém (-2,33%) e Curitiba (-2,19%).

Além disso, houve redução de preços ainda nas cidades de São Paulo (-1,94%), Brasília (-1,90%), João Pessoa (-1,83%), Salvador (-1,74%), Natal (-1,64%), Florianópolis (1,58%), Fortaleza (0,79%) e Vitória (0,50%).

"A forte retração ocorrida em Porto Alegre, bem maior que a apurada em São Paulo
fez com que as duas capitais registrassem, em maio, valores bastante próximos
para os gêneros básicos, com R$ 256,86, na capital gaúcha e R$ 256,31, na paulista", disse o Dieese em comunicado.

Em cinco cidades, os preços tiveram aumento: Manaus (3,26%), Goiânia (2,72%), Aracaju
(1,15%), Recife (1,10%) e Belo Horizonte (0,59%).

Ano de inflação
Nos cinco primeiros meses de 2010, no entanto, todas as 17 capitais acumulam alta na cesta básica.

Os maiores aumentos nesse período de comparação ocorreram nas capitais do nordeste, segundo o Dieese: Recife (26,58%), Salvador (18,03%), Natal (18,02%) e João Pessoa
(17,27%) e em Manaus (15,49%).

Brasília e Fortaleza tiveram as menores variações do período, ambas com 4,96%.

Feijão e leite mais caros

Em Goiânia, o preço do feijão subiu 41,29% em maio, a mais forte alta entre as capitais.

O leite também pesou mais no orçamento em 14 capitais, com destaques para Brasília (10,53%), Belém ( 7,08%) e Belo Horizonte (5,02%).