“Porque eu o tenho escolhido, a fim de que ele ordene a seus filhos e a sua casa depois dele para que guardem o caminho do Senhor, para praticar retidão e justiça”. Gênesis 18:19


Lamentavelmente existe muito lobo travestido de cordeiro por este mundo afora. Gente enganando a si e arrastando outros, porém, causa surpresa desagradável quando se conhece realmente a faceta do cidadão (ã) que até então se apresentava acima de qualquer suspeita. São lobos transvestidos de cordeiros! .... Muitos são os casos e quando o golpe baixo aparece, fica a sensação de incapacidade e a dor no peito que aperta na medida do avançar do enredo.

É sempre assim, ninguém está preparado e nem se prepara quando tem caráter e pensa no bem do próximo, diferente daquele ser que se deixa levar pela inveja e pelo desejo alucinado do poder, em busca de “destaque” no meio em que vive. Muitos querem estar no topo, no entanto, poucos querem pagar o preço.

Só o homem tem a faculdade de pensar e de agir, mas nesse meio permeia também aquele ser sem paciência e despreocupado em seguir um planejamento articulado, para paulatinamente passar pelas etapas. A realidade tem nos mostrado situações repugnantes, quando ouvimos falar de filhos enganando pais, pais enganando filhos, irmãos, amigos, empregados, patrões, e muito mais.

Necessário se faz rever conceitos para não cair em armadilhas preparadas para pregar peças, verdadeiras arapucas, quando verdadeiros “mocinhos” se transformam em vilões na busca do poder humano, corrupto e desmedido, sem medir as conseqüências dos seus atos.

Infelizmente, o poder seduz, corrompe, decepciona e faz ponto cego e surdo nos seus ocupantes temporários, sujeitando a pessoa a "vender sua alma ao diabo" em busca e para estar no centro das atenções.

O fato é que o poder tem um enorme potencial transformador de caráter e de personalidades. É ainda revelador da alma, como descobriu Abraham Lincoln quando disse que "quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder".

Quem já não viu ou conheceu pessoas pacíficas, alegres e bondosas transformarem-se de repente em tiranos e durões, tão logo lhes são anunciada uma promoção. Claro, estes são casos de pessoas com recalques e inseguranças reprimidas que adquirem “coragem” de mostrar a verdadeira face, tão logo tenham em mãos o “poder”, ou seja, para esses cabeças de rolinha literalmente o ataque é a melhor defesa sempre uma imbecibilidade sem precedente.

Ser escolhido é muito bom. O garoto escolhido na escola para representá-la numa atividade cívica se enche de orgulho. Escolhido para jogar futebol, experimenta a sensação de se tornar um ídolo. A menina escolhia para cursar uma área que deseja, vê seus ideais se tornando realidade.

O jovem escolhido num concurso muito concorrido vê as possibilidades de sustento com seu próprio trabalho. A jovem escolhida por um rapaz orgulha-se de ter encontrado com quem vai formar uma família. Isso faz parte do crescimento e da maturidade que vai acontecendo.

Diante da realidade da transitoriedade da vida – já que mesmo os “poderosos” estão aqui de passagem e não há poder na Terra que mude isso, perguntamos: - de que vale a estressante, desleal e ferrenha luta que alguns travam pelo poder? Que dividendos isso vai render no final do jogo?

*Silva Junior
*Jornalista, formado pelo Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran)


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