Mídia Max | 31 de maio de 2010 - 16:59

Polícia fecha escola que vendia diplomas em Campo Grande

Por fraude, a empresa Paulistec, que oferece diplomas de primeiro e segundo graus do EJA (Ensino para Jovens e Adultos), foi fechada nesta manhã por policiais da Decon (Delegacia do Consumidor), em Campo Grande. Alunos foram ludibriados com o recebimento de documentação sem a regulamentação do MEC (Ministério da Educação) e levaram a denúncia para a polícia.

Uma das 24 filiais da Paulistec nas capitais brasileiras, funcionava na Rua 13 de maio, número 2.951, onde duas funcionárias acabaram detidas nesta manhã. O suspeito de ser o `cabeça` do esquema, Mauro de Napoli, está em São Paulo e deverá ser notificado para prestar depoimento à polícia paulista ainda hoje. Caso não compareça à delegacia, o delegado Adriano Garcia Geraldo, titular da Decon, disse que irá pedir a prisão do empresário.

As duas funcionárias, Débora Cristina Lourenço, 24, [gerente], e Elaine da Silva Santos, 23, [auxiliar administrativas], foram levadas para a delegacia, onde vão prestar depoimento e em seguida, serão liberadas.

Suspeitas

Conforme o delegado, a suspeita de falsidade ideológica já teria resultado no fechamento de outra filial da Paulistec no estado de Goiás.

Em Campo Grande, a empresa `derramava` diplomas falsos há pelo menos dois anos. Na conta bancária do empresário investigado todos os dias entravam ao menos R$ 1 mil.

O crime contra o consumidor foi constatado, segundo o delegado, pelo fato da empresa fornecer o diploma e quando o documento era utilizado, a vítima descobria que não havia autorização do MEC.

A Paulistec não cumpria as 2,4 mil horas exigidas pelo Ministério da Educação. Não havia aula presencial e os alunos apenas recebiam apostila, compareciam ao local para fazerem as provas, avaliadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Reginaldo Coelho

Procurado

Agora, a Decon está a procura do cunhado de Napoli. Ele seria o diretor regional da Paulistec em Mato Grosso do Sul e o primeiro nome seria Milton.