O dólar mudou sua direção no final do pregão desta terça-feira (18) e fechou em alta pelo quarto dia consecutivo. A moeda norte-americana ganhou 0,55%, para R$ 1,822.

Durante a manhã, o dólar havia chegado a operar em queda de mais de 1%.

De acordo com operadores no exterior, a razão para o enfraquecimento do euro após uma breve recuperação pela manhã era a proibição de vendas a descoberto de títulos de governos da zona do euro e de outros ativos pela Alemanha.

Nos Estados Unidos, a possibilidade cada vez mais próxima de uma aprovação da reforma do sistema financeiro também pesava sobre os índices de ações, que caíam mais de 1%.

"O risco de contágio da crise grega, embora mitigado pelo pacote de 750 bilhões de euros, continua a incomodar os investidores globais, que reforçam suas posições em ativos denominados em dólar", afirmou a consultoria LCA em relatório. A consultoria, no entanto, mantém a projeção de que o câmbio vai oscilar em torno de R$ 1,80 até o fim do ano.

De acordo com Rodrigo Nassar, gerente da mesa financeira da corretora Hencorp Commcor, a breve melhora do mercado pela manhã aconteceu por causa da transferência de 14,5 bilhões de euros da União Europeia à Grécia.

"Com a primeira tranche [parcela] que deram para a Grécia, o mercado amanheceu mais tranquilo... [As autoridades europeias] estão dando o remédio. Mas o doente [Grécia] continua mal", disse.

Nesta terça, a Grécia recebeu 14,5 bilhões de euros em empréstimos de outros países da União Europeia, o que vai ajudar Atenas a evitar o default de cerca de 9 bilhões de euros em dívidas que vencem em breve.