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TECNOLOGIA EM ATAQUE

Drone de US$ 11 milhões usado em ataque foi guiado dos EUA

Drone de US$ 11 milhões usado em ataque foi guiado dos EUA

4 Jan 2020 - 13h02Por Internacional Estadão

O ataque veio do ar, veio em silêncio — e foi brutal: os dois mísseis do tipo Hellfire disparados por um drone americano MQ-9 Reaper, atingiram os dois carros blindados que rodavam no centro de um comboio maior. As ogivas de 10 kg explodiram com intervalo de 1,2 segundo, segundo relatório do Comando Conjunto de Operações Especiais, do Departamento de Defesa, em Washington, matando nove pessoas.

O general iraniano Qassim Suleimani era o alvo. O sub-comandante Abu Mahdi al-Muhandis, da Força de Mobilização Popular (FMP), um movimento iraquiano pró-Irã, também morreu.

A ação foi o resultado de um longo e complexo processo de apuração de dados de inteligência coletados por agentes de campo, informantes secretos, interceptação eletrônica de mensagens, rastreamento por meio de aeronaves de reconhecimento e “outras plataformas de caráter reservado”, de acordo com o Pentágono.

O procedimento utilizou recursos de tecnologia comprovada. O Reaper é o maior modelo da classe, podendo permanecer em voo durante 14 horas levando carga externa máxima de 1,4 tonelada — uma combinação de sensores digitais e até quatro Hellfire, com alcance entre 500 metros e 11 km, guiados por um feixe de luz laser.

O drone foi pilotado a longa distância, talvez a partir de uma das duas bases especializadas instaladas no estado de Nevada, no centro-oeste dos Estados Unidos, próximo das Montanhas Rochosas. A localização exata não foi revelada.

Dois oficiais comandam o avião de 4.700 kg, usando uma constelação de satélites para receber e enviar informações. Um engenheiro da General Atomics — a empresa de San Diego, California, construtora do drone —, disse ontem ao Estado que o MQ-9 usa um recurso que elimina o breve intervalo registrado na circulação de sinais da geração anterior dessas aeronaves.

Ele afirmou que os comandos são efetuados “virtualmente em tempo real”. O comboio de Suleimani estava nas proximidades do terminal de carga do Aeroporto Internacional de Bagdá quando o carro que o transportava foi atingido.

Em terra, do outro lado do mundo, o chefe do voo pode escolher o melhor momento e cenário para liberar os mísseis. Também poderia ter interrompido a missão se houvesse risco de “danos colaterais incontroláveis” — uma forma de definir as baixas e os feridos civis. Um Hellfire custa cerca de US$ 120 mil. O Reaper não sai por menos de US$ 11 milhões. O treinamento do piloto, um ano desde a entrada no centro de treinamento, bate na casa do US$1,2 milhão — não considerada a formação básica.

Força secreta

A Força Quds, ou Força Jerusalém, criada em 1980 por um grupo de integrantes da Guarda Revolucionária entre os quais estava Qassim Suleimani, é cheia de mistérios. No organograma da poderosa Guarda, a Quds é um grupo de operações especiais com efetivo estimado em 15 mil combatentes, voluntários, homens quase todos, embora haja um pequeno time de mulheres até agora nunca formalmente reconhecido.

A Quds mantém cooperação próxima e direta com grupos radicais como o Hezbollah, o Hamas, a Jihad Islâmica, as milícias xiitas do Iraque, da Síria e do Afeganistão e com a etnia extremista houthis, no Iêmen.

Na América do Sul estabeleceu relações diretas com o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela, e coopera na Ásia com o programa de desenvolvimento de mísseis balísticos da Coreia do Norte, de Kim Jong-un. Em um raro pronunciamento do general Suleimani a respeito da força, ele a definiu como “uma unidade destinada a levar adiante missões não convencionais onde isso seja necessário, implicando qualquer tipo de apoio”.

A tropa veste uma espécie de macacão de tecido preto ou camuflado, dependendo do ambiente para o qual venha a ser mobilizada. No peito, um escudo dourado, bordado com um fuzil cercado por ramos de oliveira. O treinamento, a localização das bases e os critérios de recrutamento são reservados. Sabe-se que a primeira fase dura seis meses. E que são bem poucos os que passam para as etapas seguintes. Em média, apenas 23%, segundo um estudo de 2015 do Instituto de Estudos Estratégicos de Israel.

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