Os focos de calor no Pantanal e no Cerrado foram praticamente debelados pela força-tarefa montada pelo Governo do Estado, desde março, com a participação de bombeiros de Mato Grosso do Sul, Paraná, Mato Grosso e Santa Catarina, além de brigadistas do Ibama, ICMbio (Instituto Chico Mendes) e do setor privado, com o apoio da Marinha e do Exército.
No Pantanal, foram registrados apenas 22 focos neste domingo (20) em Corumbá, maior município do bioma, com redução de 50% em relação ao sábado, e um em Pedro Gomes. No início deste mês, Corumbá e a região de Cerrado (Alcinópolis, Pedro Gomes e Costa Rica, a leste do Estado), concentravam mais de mil focos diários.
“Esperamos ainda neste domingo debelar o fogo no Parque Estadual das Nascentes do Taquari”, anunciou o secretário Jaime Verruck, da Semagro (secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). “Uma situação bem diferente de uma semana atrás, resultado da pronta ação do governo na estruturação da operação de combate aos incêndios e a chegada das chuvas”, explicou.
Semana de intenso combate
As precipitações ocorridas no sábado e neste domingo foram baixas nas regiões críticas, mas o suficiente para aumentar a umidade e favorecer o controle dos focos, disse Verruck. Ele informou que a força-tarefa prioriza, neste momento, as ações de combate aos incêndios no Parque do Taquari e na divisa de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso (norte de Corumbá).
“Realizamos um sobrevoo numa área próxima a Poconé (MT), onde ocorrem grandes incêndios, para definirmos as ações de combate aos focos que ocorrem no entorno da Serra do Amolar e no Pantanal do Paiaguás”, adiantou.
O combate aos incêndios foi intensificado há uma semana, com o reforço do grupo de 29 bombeiros militares vindos do Paraná, que atuaram nos focos do Pantanal e do Cerrado.
No dia 14 de setembro, o governador Reinaldo Azambuja decretou situação de emergência ambiental em todo o Estado, medida prontamente homologada pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. Com a medida, o governo federal liberou R$ 3,8 milhões ao Estado para custear a operação, incluindo aeronaves, combustível e alimentação aos brigadistas.
Situação ainda é de alerta
Diferentes planos de trabalho nortearam as ações em todas as regiões de Mato Grosso do Sul, com ênfase no Pantanal, que enfrenta a maior seca em 50 anos e teve 12% de sua área consumida pelas chamas. O combate e controle aos focos no bioma conta com bombeiros do Estado e do Paraná e brigadistas do PrevFogo (Ibama).
“A situação é mais favorável, no entanto o momento ainda é crítico devido à prolongada estiagem e a perspectiva de pouca chuva para os próximos dias”, alertou o titular da Semagro. “O combate continuará de forma intensa, mantendo as estruturas operacionais nas áreas de maior risco com o respaldo dos ministérios de Desenvolvimento Regional, de Meio Ambiente e de Defesa”, acrescentou.
No Cerrado, o trabalho segue com um contingente de 150 combatentes, sendo 70 homens do Exército e 60 entre bombeiros de Mato Grosso do Sul, Paraná e voluntários. A estrutura conta ainda com oito aeronaves, sendo duas do ICMbio, três do setor de energia do Estado e outras três bancadas pelo setor de florestas. O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) também integra a força-tarefa no monitoramento do Parque do Taquari.
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