A Chapecoense foi declarada campeã da Copa Sul-Americana de 2016 pela Conmebol na tarde desta segunda-feira (05), após pedido do Atlético Nacional. Com o título, a Chape conquista vaga na fase de grupos da Libertadores além do prêmio de 2 milhões de dólares, aproximadamente R$ 7 milhões e se classifica para a Recopa Sul-Americana e enfrentará o Atlético Nacional.
O confronto final do torneio foi impedido de acontecer após o acidente com o avião que levava a equipe da Chapecoense para Colômbia na semana passada. A tragédia fez com que o Atlético Nacional, que seria o time adversário, abrisse mão do título e entrasse com o pedido para que a Chape fosse declarada campeã.
"A Confederação Sul-Americana de Futebol confirma que o conselho da Conmebol, em sua qualidade de autoridade permanente encarregada de cumprir os Estatutos da Instituição decidiu declarar a Associação Chapecoense de Futebol campeã da edição 2016 da Copa Sul-Americana", atesta informa da entidade.
No texto, a Conmebol afirma que o pedido feito pelo Atlético Nacional foi decisivo. Já na terça, poucas horas após o acidente, o próprio Atlético Nacional sugeriu tal desfecho: em carta, pediu para que o clube brasileiro fosse considerado campeão.
"Além de estarmos muito preocupados com o lado humano, pensamos no aspecto competitivo e queremos publicar este comunicado onde o Atlético Nacional convida a Conmebol para que entregue o título da Copa Sul-Americana à Chapecoense como uma homenagem à sua grande perda e homenagem póstuma às vítimas fatais do acidente que deixa nosso esporte de luto. Da nossa parte, para sempre, Chapecoense campeã da Copa Sul-Americana de 2016", dizia a petição.
A Conmebol também informou que entregará o prêmio "Centenário Conmebol de Fair Play", que vale um milhão de dólares (aproximadamente R$ 3,5 mi), ao Atlético Nacional.
A final da Sul-Americana seria a primeira decisão internacional da história da Chapecoense. Na próxima temporada, a equipe estreará em Libertadores.
O desastre aéreo vitimou 71 das 77 pessoas que estavam no voo saído de Santa Cruz de la Sierra, cidade boliviana, rumo a Medellín, na Colômbia. Dezenove jogadores da Chape morreram no acidente, além de integrantes da diretoria e da comissão técnica - entre eles o treinador Caio Jr. Três dos sobreviventes são atletas do clube: o goleiro Jackson Follmann, o lateral Alan Ruschel e o zagueiro Neto.
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