Sucuris são cobras canibais, ou seja, que podem se alimentar da própria espécie. Sabendo dessa informação, alguns moradores de Mato Grosso do Sul passaram a desconfiar que a polêmica sucuri que acasalou com 4 machos em Bonito, e agora está grávida, poderia ter se alimentado de um deles.
A desconfiança se deu pela espessura da cobra, apelidada de "Vovózona" pelo guia local Vilmar Teixeira. Procurado pelo Jornal Midiamax para esclarecer essa dúvida, Vilmar, que é conhecido como "pai" das sucuris, respondeu sobre a possibilidade de canibalismo.
"Creio que não, porque ela está bem gorda. Não tem necessidade de comer mais", afirmou o monitor ambiental. Questionado sobre o possível sumiço de algum macho da região alagada de Bonito, no Rio Formoso, Vilmar diz que não notou o desaparecimento de nenhum deles.
Ele explica que na imagem abaixo, registrada antes do acasalamento, "Vovózona" já estava "bem grossa e alimentada" e, por isso, descarta que tenha acontecido o famoso canibalismo sexual no local.
Canibalismo sexual de sucuris
O termo "canibalismo sexual", segundo Daniel De Granville, biólogo especialista em sucuris-verdes, se deve ao fato da selvageria de se alimentar da própria espécie ocorrer após o acasalamento e ser praticado, especialmente, pelas fêmeas, que podem matar e devorar o macho assim que a cópula termina.
Mas, por que fêmeas matam e comem os machos depois do acasalamento? A explicação é bem simples.
"Durante o período de gestação (que dura entre 6 e 7 meses), as fêmeas não se alimentam, pois precisam deixar espaço em seus corpos para o desenvolvimento dos filhotes, já que elas não botam ovos. Então, após o acasalamento, a fêmea pode se alimentar de um dos machos como uma última fonte de energia antes deste longo jejum", esclarece Daniel ao Jornal Midiamax, dizendo que o comportamento é raro.
Veja imagens de "Vovózona" acasalando com 4 machos:
Sem vínculo parental ou instinto materno
Além de devorarem seus parceiros e pais de seus filhos, elas também não possuem qualquer instinto materno. "Pelo que se sabe dos estudos, não há cuidado parental. Os filhotes nascem e rapidamente já se dispersam, precisam começar a se virar logo após o nascimento", pontua o biólogo.
Os pais, por sua vez, podendo ser assassinados, também não chegam a desenvolver laço afetivo com os filhos. "Em tese não há qualquer contato, já que os encontros entre as fêmeas e machos geralmente ocorrem apenas durante a época de reprodução. Durante a gestação, elas ficam solitárias e escondidas", detalha o especialista em sucuris ao MidiaMAIS.
Por fim, um bebê sucuri precisa se virar sozinho: ele nasce e já é solto pela mãe na natureza. Seu pai pode ter sido devorado pela matriarca ou simplesmente ter "sumido" após o sexo. Mas, até para isso há uma explicação:
"Não existe aquele cuidado que a gente costuma ver em pássaros ou mamíferos, por exemplo, onde os pais (ou apenas a mãe, dependendo da espécie) fornecem alimento aos filhotes até que eles consigam sobreviver por conta própria. Este pode ser um dos motivos pelos quais as sucuris têm uma quantidade muito maior de filhotes (em média 30) do que um tucano ou uma onça, por exemplo, já que uma porcentagem pequena conseguirá atingir a vida adulta", finaliza ele.
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