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REENCONTRO

Mãe e filha se reencontram em Dourados 32 anos após terem se “perdido”

O distanciamento aconteceu quando Dalvina decidiu buscar a vida em São Paulo e deixou a cidade de Angélica para outras oportunidades no Estado vizinho.

24 Set 2018 - 08h06Por Dourados News

“Sentia que ela estava viva e que eu ia reencontrar todo mundo”. A declaração é de Dalvina Nascimento Cramolisk, 67, sobre o reencontro com a mãe Maria Francisca do Nascimento, 88, nesta sexta-feira (21), em Dourados. Foram 32 anos distantes até que por meio do auxílio de uma conhecida de Dalvina enquanto morava em situação muito precária em Caucaia do Alto (SP) foi possível fazer contato com parentes dela por meio de rede social.

O distanciamento aconteceu quando Dalvina decidiu buscar a vida em São Paulo e deixou a cidade de Angélica para outras oportunidades no Estado vizinho. Porém, na época, com 35 anos, passava por um término de um casamento e seu pai havia falecido e então, um tanto quanto abalada psicologicamente, não teve ações para continuar a manter contato com a família. 

Ela é de uma família grande. Dona Maria teve 16 filhos, destes 4 faleceram. A ausência de Dalvina foi grandemente sentida por todo esse tempo, mas a esperança nunca foi perdida. 

“Eu tinha fé em Deus que ainda ia encontrar ela e que eu não ia partir sem isso acontecer”, conta a mãe. 

A equipe de reportagem do Dourados News foi informada da comovente história por meio de familiares. Tânia Lopes, 37, sobrinha de Dalvina e neta de Maria conta que o reencontro começou a ser traçado quando uma senhora da cidade paulista  se comoveu com a história da separação da família e com o precário modo de viver de Dalvina e seu esposo Vicente Bernardo de Oliveira, 66 e decidiu ajudar. 

Pela busca do sobrenome no Facebook, mulher identificada apenas como Marli* reconheceu Fátima Cramolisk também sobrinha de Dalvina que mora em Dourados, cidade em que dona Maria também reside e contou que a mulher buscava os familiares, confirmando que existia o parentesco. 

“Eu estava a 120 km da minha tia e a família a procurava há décadas, foi um impacto”, conta Tânia.

Logo que foi comunicada que a tia estava na cidade vizinha, Tania foi até ao local. Ao encontrar Dalvina não teve dúvidas e as emoções foram grandes. 

“Não tinha nem como dizer que não era. Foi como ver um pouquinho da minha vó são muito parecidas, uma sensação inexplicável ter ela de volta próximo a nossa família”, diz. 

Tânia então levou a tia e o esposo para cidade a sua residência na cidade vizinha. Ela conta que por nos primeiros 15 anos que desapareceu a tia trabalhou como doméstica em um casa da família, onde conheceu Vicente que também trabalhava no local como serviços gerais.  Os dois foram dispensados  e nunca foram registrados no trabalho, então não possuíam direitos trabalhistas. 

Com isso, o casal foi morar na rua. Catar papelão e latinha e topar serviços gerais quando surgia, era a forma de se manter. Doações também contribuíam. Tânia conta que o casal morou também em uma Kombi abandonada naquela cidade. 

Marli conseguiu articular para Vicente obter aposentadoria. Após isso, um empresário local construiu um pequeno espaço de madeirite para abrigar o casal. Tânia conta que a ação inicialmente aparentava ser de ajuda, mas com o tempo, Marli que estava sempre por perto, disse à ela que notou que o empresário exigia o repasse de boa parte da aposentadoria de Vicente para que ficassem no local, o qual não possuía condições dignas de sobrevivência. 

Diante do fato, a vontade de ajudar cresceu e foi onde Marli conseguiu os contatos já citados na reportagem. 

O convite para ir até a casa de Tânia e posteriormente serem encaminhados para Dourados foi aceito de prontidão. 

O casal então foi levado ao salão de beleza, recebeu roupas, atenção a higiene, cuidados alimentares corretos entre outros, como conta a sobrinha que cita ainda que “guardou o segredo” da descoberta e só revelou para a avó, dona Maria, momentos antes da mesma. 

Com muitos sorrisos e a promessa de jamais se “perderem” novamente, mãe e filha receberam o Dourados News para relatar a emoção do reencontro nesta tarde.

Dalvina diz que se perdeu pois “sumiu para o mundo para lutar pela vida e não estava bem dos meus atos por ter perdido meu pai e ter separado”. 

Bastante comunicativa, ela diz que sempre pedia apoio para buscar os familiares, até que o que ela chama de “milagre” aconteceu. 

Maria José do Nascimento, 57, celebrava a volta da irmã para casa. Apesar de com a tristeza dos anos de espera ter gerado a ideia de a irmã ter já falecido, a esperança sempre foi maior”.

“Pensávamos no pior por tanto tempo passado, é difícil, mas pedíamos para Deus para que ela voltasse e não deixamos de acreditar. É uma lição de esperança e só quero abraça-la e fico vendo o tempo todo como nos parecemos”, relata. 

A mãe relata o sentimento de felicidade, a gratidão de agora poder morar com a filha novamente, e brinca sobre como “prender a filha em casa”. 

“Eu sabia que um dia ia encontrar, é muita felicidade, é Deus atuando para que nos víssemos de novo. Quero toda a família por perto e o jeito é amarrar ela e o esposo no pé de manga para não saírem daqui”, disse. 

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