Mestre em História pela UFGD, Professor em Fátima do Sul e militante sindical - FacebookSOLIDARIEDADE SEMPRE
Entre as várias lições que aprendi com minha mãe, uma que nunca esqueço é a de ajudar outras pessoas. Às vezes brinco com os amigos e digo que quem me fez um ser humano politicamente de esquerda moderada foi minha mãe e não o curso de História, pois um dos princípios da esquerda é a construção de uma sociedade solidária, mais justa.
E foi assim que cresci e sempre que pude busquei ajudar ao próximo. Quantas vezes, na época do curso universitário na UFGD, ao chegar a Dourados, tendo saído de Fátima do Sul, fui abordado por homens e mulheres, na região central daquela cidade, que me pediam algum tipo de ajuda e eu sempre concedi o que pudesse naquele momento.
Em 2016, minha esposa e eu tivemos a oportunidade de escrever dois livros oriundos de nossas pesquisas de mestrado em História, e parte da renda obtida foi doada à Rede Feminina de Combate ao Câncer de Fátima do Sul. Não quero aqui me aparecer, e nem sou candidato a nenhum cargo político, o objetivo é expressar o quando é gratificante contribuir com a necessidade de algum irmão ou irmã. Faz parte dos ensinamentos cristãos que formam meu caráter.
Na crise vivida neste ano de 2020 ocasionada pela pandemia da Covid-19 a solidariedade mais do que nunca precisa ser exercida. Graças a Deus temos visto desde grandes empresas a cidadãos comuns contribuírem com o que podem para ajudar pessoas que estão vivendo momentos difíceis. Inúmeras empresas brasileiras são destaques todos os dias nos noticiários nacionais e estão fazendo um importante trabalho. Tomara que elas também sejam exemplos no trato com seus trabalhadores. Os cidadãos e cidadãs não tão famosos assim, também fazem sua parte. Em Fátima do Sul, por exemplo, as mesas solidárias para quem quiser doar alimentos ou produtos de higiene ganharam destaque no telejornal MSTV 1, mostrando o belo trabalho da servidora municipal Danila Bressiane.
A história do povo brasileiro é de lutas pela sobrevivência. Não vou entrar em detalhes aqui, pois para isso é necessário um ou mais artigos a parte. A exploração imposta pelas potências colonizadoras e os séculos de governos que sempre administraram para alguns setores da elite econômica e política criou uma nação extremamente desigual.
As políticas econômicas neoliberais praticadas no Brasil nos anos 1990, e que voltaram com força na agenda do atual presidente da República, já se mostraram incapazes de melhorar a vida dos mais humildes. Não se pode diminuir o Estado onde mais se precisa dele. Para resolver o problema da desigualdade social no País não existe solução pronta, milagrosa. É necessário, entre outras coisas, um programa de governo que foque, entre outras coisas, na educação de nossas crianças e jovens, para formarmos mentes criativas, capazes de resolver os diversos problemas nacionais, e assim, quem sabe daqui alguns anos, termos um Brasil realmente justo para todos. Enquanto isso não ocorre, sem dúvida que as políticas públicas de assistência, como Bolsa Família, e agora, neste caso excepcional, o Auxílio Emergencial, precisam existir. Além disso, a solidariedade precisa ser exercida sempre, pois ela contribui com necessidades urgentes.
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