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MILITAR NA COZINHA

Cantor e cabo do Exército, Bruno nada contra a corrente fazendo bolos

Militar conta a trajetória que o levou até a confeitaria e como ganhou a admiração de outros militares

2 Fev 2022 - 12h00Por Campo Grande News

Bruno Rangel tem só 25 anos e na cozinha experimenta até acertar. Foi pesquisando aqui, investindo em cursos ali, que em dois anos, ele se tornou um confeiteiro de mão cheia e, aos fins de semana, faz bolos sob encomenda. Mas isso é “fichinha” até você bater um papo com Bruno e descobrir que além de fazer bolos, ele é cantor e cabo do Exército Brasileiro.

Começou como recruta no período obrigatório até virar cabo. Mas como é temporário, seu cargo como militar se encerra no próximo ano. Já pensando em como se sustentaria, ele investiu pesado nos últimos dois anos se profissionalizando para, em 2023, ter uma “carta na manga”.

Mas o que de fato o levou até à confeitaria foi a depressão. Em 2018, foi a primeira vez que Bruno teve um diagnóstico de quadro depressivo. Mas, naquela época, ele ainda resistia ao tratamento médico e desacreditava das doenças psiquiátricas. “Eu achava que dava conta de ficar bem sozinho e que era passageiro. Talvez, se eu tivesse dado bola naquela época, eu teria amenizado meu quadro de uma forma muito mais saudável”, lembra o militar.


Até que em 2020, a chegada da pandemia trouxe à tona o desespero, o medo e a incerteza, que somaram para o quadro depressivo reaparecer. E foi nessa época, já amadurecido, que ele não hesitou em procurar ajuda.

“Nessa época, eu já cantava, na verdade, eu sempre cantei na igreja e, em 2019, resolvi ter uma dupla sertaneja, mas em 2020, encerramos esse ciclo. Não era possível dar continuidade. Daí veio pandemia, problemas pessoais e a depressão. Foi quando a minha psicóloga sugeriu que eu buscasse algo como uma válvula de escape no meu dia a dia, fora mesmo do trabalho. Assim, lembrei o quanto eu gostava de cozinhar”.

Bruno nessa hora dá gargalhadas e admite que já tentou de tudo, mas nunca conseguiu fazer o arroz igual o da mãe. “O dela é o melhor. O meu não tem jeito”. Mas quando o assunto é doce, ele se descobriu imbatível.

Com horário reduzido de trabalho na pandemia por conta do aumento de casos de covid-19 e mortes em decorrência da doença, ele aproveitou o “ócio” para se aprimorar nos doces  e deu certo.

Em pouco tempo, passou a ter uma caderneta de clientes e fregueses não faltam no dia a dia. No Instagram, ele também mostra a cara e quem está por trás dos bolos temáticos e outros até mais modernos. “A confeitaria vem mudando bastante e temos de ser criativos”.


Mas é claro que é impossível não questionar como foi recepção do Exército quando descobriram que um de seus cabos era um boleiro de mão cheia. Bruno lembra que, no começo, sentiu certo receio de falar e não ser aceito pelos próprios colegas. “Sei que muita gente talvez nem investisse nessa profissão por medo do preconceito mesmo. Mas eu deixei o medo de lado e encarei. Acredite, fui bem recebido e hoje, a maioria dos meus clientes são militares”.

Feliz com a admiração dos colegas de profissão pelo talento, a “válvula de escape” sugerida pela psicóloga se tornou um hobby, uma profissão e uma salvação em meio à depressão. Quando questionamos se hoje ele está bem diante da doença, a resposta vem em segundos. “Estou ótimo. Sinto-me outra pessoa e que fiz a coisa certa em seguir o meu coração. A confeitaria hoje é o meu maior xodó”.

Além de bolos, Bruno também investe em doces personalizados a cada data comemorativa. “Como sou virginiano, acredite, já estou com a Páscoa toda planejada e organizada. Logo solto as novidades”.

Quando aos bolos, o quilo é a partir de R$ 60,00. Tudo depende do recheio e também da personalização exigida pelo cliente. Mas Bruno acrescenta que procura sempre “imprimir a personalidade do cliente em seus bolos e isso torna os momentos mais especiais”.

Bruno preparando um Bolo Red Velvet - Foto: Arquivo Pessoal

 

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