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Uma reflexão profuncioário

Uma reflexão profuncionário, com José do Carmo da Silva

2 Out 2013 - 11h32Por Da Redação

Uma reflexão profuncioário - A propósito da Palestra para tutores e alunos em Glória de Dourados - MS

 Toda estrutura só funciona realmente e com êxito quando todos estão envolvidos no processo de fazê-la funcionar. Toda estrutura é um corpo. E todo corpo é composto por órgãos, peças, partes. Cada, órgão, peça, parte é necessária para o bom funcionamento do organismo, da estrutura, do corpo, da instituição. Não desejo falar de religião, mas não posso nesta introdução abrir mão da perfeita analogia paulina. O Apostolo Paulo tendo consciência da importância de cada parte para o bom funcionamento do todo, usou o corpo humano para exemplificar a importância de cada órgão.  Escrevendo aos cristãos de Corinto ele declara:

“Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? E se a orelha disser: Porque não sou olho não sou do corpo; não será por isso do corpo? Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo. E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós.”  - 1 Coríntios 12:13-21

Quero usar o raciocínio paulino para falar da funcionalidade de outra estrutura, a escola. E ao falar de escola, falo de educação.  Quase sempre quando pensamos em escola e educação, de inicio, ao menos três figuras nos vêm à mente: o professor, o diretor, o aluno.  Quase sempre nos esquecemos que a escola e o processo educacional são maquinas complexas, e que por ser complexas não funcionam somente com e por causa de três componentes. Há mais gente por trás, nos bastidores. Pessoas essenciais para a boa funcionalidade do processo educacional e que muitas vezes passam despercebidas.  Falo dos/as funcionários/as, pessoas as quais, como o nome diz são: “funcionários”, pois sem eles o sistema não funciona, ele trava, enferruja...

Estamos interligados, a estrutura social só se mantém e se move pelo fato de que cada pessoa executa sua função. Isso me lembra a canção: “O Dia em que a Terra Parou” – do compositor e cantor Raul Seixas.  Uma das estrofes diz:

E nas Igrejas nem um sino a badalar

Pois sabiam que os fiéis também não tavam lá

E os fiéis não saíram pra rezar

Pois sabiam que o padre também não tava lá

E o aluno não saiu para estudar

Pois sabia o professor também não tava lá

A letra acima, eu acrescentaria:

Os professores não saíram para lecionar.

Pois sabiam que os funcionários também não tava lá.

E os funcionários decidiram não irem lá

Pois sabia de sua importância e que podiam o sistema travar.

Sobre a importância do funcionário voltarei a falar no final.

Em março do corrente ano, juntamente com o Luiz Thomaz de Aquino Jr., Guilherme Alexandre, Rafael Oliveira, Lourival Geremias e Paulo Cesar Pires, iniciei uma especialização em Filosofia, Sociologia e Religião. Duas vezes ao mês, dois finais de semana, vamos a Campo Grande para as aulas na Fathel – Faculdade Theológica. A cada aula somos provocados a fazer a diferença no sistema. A sermos pulsantes intermitências que aqui e ali apontam para um mundo melhor, uma sociedade mais humana, justa equitativamente.  Cada aula é um processo de crescimento, vemos o mundo como ele é, e somos desafiados a transformá-lo por meio do pensar e agir, desconstruir e reconstruir. Toda vez que retornamos para Fátima do Sul, na viagem e depois conversamos sobre como colocar em prática o que aprendemos e apreendemos.  As cabeças giram e os corações pulsam movidos pelo pensar. Pensar em como contribuir com a melhoria da sociedade. A pergunta que não quer calar em nossos corações é: Como podemos interferir no sistema, o qual se apresenta:  desumano, excludente  e alienante.  As portas foram se abrindo, as oportunidades foram surgindo, e nós estamos entrando e aproveitando elas. 

No sábado, dia 28 de setembro, fomos convidados a dar uma palestra para educando e educadores, dentro do programa “profuncionário” – Curso Técnico de Formação para os Funcionários da Educação. A palestra focou os tempos históricos e os processos pelos quais a educação passou.

1.            Educação construída pelos padres da Companhia de Jesus – os Jesuítas. – José do Carmo da Silva.

2.            A família real portuguesa e a educação das elites. – Lourival Geremias de Oliveira.

3.            A república dos coronéis e as pressões populares pela educação escola. – Luíz Thomaz de Aquino Jr.

4.            O golpe militar e a educação pública. – Rafael Oliveira dos Santos.

5.          Redemocratização: cidadãos e consumidores. – Guilherme Alexandre.

Foi impactante, a participação dos docentes e discentes, que lotaram o auditório da UEMS (Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul), em Glória de Dourados. Usando canções populares que retratam a esperança e ação em prol de uma sociedade melhor, vídeos e um violão, intermitentemente pulsamos dentro do sistema, tendo em vista a mudança dele. A tônica da palestra era desafiar os presentes a pensar, se valorizar, agir e interagir no processo educativo. Pensar a valorização daqueles/as que estão na engrenagem do sistema educacional, mas quase não aparecem. Levá-los ao entendimento de que só existe escola funcionando pelo fato de que há funcionários, pois para além dos professores/as, diretores/as (tutores/as e alunos/as) existem vidas pulsantes e pensantes. Pessoas muitas vezes anônimas, mas que são  mestres e mestras na vida cotidiana, homens e mulheres que se fizeram presentes na palestra realizada por nós, pós-graduando em Filosofia, Sociologia e Religião na Fathel - Faculdade Theológica em Campo Grande – MS.

Na construção de uma sociedade melhor, sigamos, caminhando, pensando e cantando. Questionando a razão de as coisas serem como são. Sim, vamos embora. Que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora. Não espera acontecer. E sabendo, intermitentemente faremos o sistema tremer.

Reverendo José do Carmo da Silva – pastor local

IMEFAS - Igreja Metodista em Fátima do Sul.

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