Um estudo coordenado pela Embrapa apontou ganho de até 50% do teor de proteína na alimentação animal com o acréscimo do feijão-guandu na silagem de milho. Os experimentos indicam adição entre 10 e 20% de guandu ao milho. Os primeiros estudos foram realizados em Campo Grande (MS). O gado alimentado com essa mistura teve ganho de peso real de 13%. O consórcio milho-guandu foi produzido para suprir a falta de nutrientes sentida pelo rebanho no período da seca.
"No volumoso de milho solteiro, o nível de nutrientes digestíveis totais (NDT) é de 61% e a proteína, 9%. Com a adição de 10% de guandu, o NDT cai para 58%, mas a proteína bruta sobe para 11,5%. Já com 20% da leguminosa, o NDT vai para 57% e a proteína atinge 13,5%. Consideramos a faixa entre 10 e 20% ideal, com aumento no valor da proteína em até 50%, o ganho proteico é maior do que a perda de energia", explica José Alexandre Agiova da Costa, pesquisador da Embrapa.
A Embrapa também simulou um confinamento comum, de cem dias, com machos de 400 kg de peso vivo ao início. Segundo a pesquisa, o ganho de peso diário, em média, foi de 550 kg. No entanto, com a silagem consorciada, houve um ganho a mais de peso de 200 gramas por dia, no mesmo confinamento. Ao final, tem-se um animal com 570 kg que, abatido, pode resultar em 20,5 arrobas de carcaça.
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