A melhoria na segurança dos carros brasileiros deve ficar para depois. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta quarta-feira que, na semana que vem, deverá se reunir com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para discutir a postergação da medida, prevista para entrar em vigor em 2014.
O ministro esteve reunido com o setor, segunda-feira, em São Paulo. "Estamos discutindo as questões de segurança que seriam acrescentadas a partir de 2014, e estamos preocupados com o impacto sobre o preço do carro, pois elevaria o preço de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil", disse.
Mantega também disse que o assunto ainda está em estudo, mas é possível que o governo adie a entrada em vigor das exigências. "Hoje, 60% dos veículos já têm os equipamentos e passaria para 100%. Então, nós vamos diferir em um a dois anos. Fecharemos (a decisão) na semana que vem", disse.
A mudança, impostas pelas resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) 311/2009 e 380/2011 prevê, respectivamente, a instalação de "airbag" duplo (motorista e passageiro da frente) e freios ABS em 100% dos automóveis fabricados no País. O Contran, presidido pelo ministro da Justiça, é o órgão máximo normativo, consultivo e coordenador da política nacional de trânsito. A Resolução 380 revogou a 312, que tratava anteriormente da obrigação para freios ABS.
Fim da linha
A obrigatoriedade dos equipamentos de segurança já aposentou pelo menos dois modelos nacionais. A Volkswagen Kombi e o Fiat Uno Mille já tiveram o fim da produção anunciados para o final de dezembro, por conta da nova legislação. Outros modelos já estão saindo das fábricas com os antigos "opcionais" de série.
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