Nordestina, radicada em Dourados desde 1976, Maria Antonieta de Souza chega nesta segunda-feira (15) aos 100 anos de idade. Para celebrar a importante data, familiares fizeram uma festa em grande estilo.
A confraternização que reuniu filhos, netos, bisnetos, trinetos e tetraneto foi realizada ontem, uma oportunidade para reunir parte das gerações e colocar o papo em dia.
Parte dos familiares reunidos em Dourados para a festa dos 100
Maria Antonieta foi casada com Antônio de Souza Primo, ficando viúva em 1972. Do lar, criou os filhos com muita batalha e tem orgulho em acompanhar o crescimento da família.
Esbanjando simpatia, passou a receber visitas pelas felicitações do centenário ainda durante a semana. A família é composta por 8 filhos, 23 netos, 38 bisnetos, 7 trinetos e um tetraneto, além de agregados.
A sobrinha Ivete Porfírio fez uma poema que resume a vida da tia:
MARIA ANTONIETA
Ainda jovem ela migrou
do estado de Alagoas para São Paulo,
onde conheceu seu verdadeiro amor,
com quem se casou e formou a sua família!
Nunca foi uma ilha!
Teve seus oito filhos lá!
Depois foi tentar a sorte no Paraná!
Mais uma vez não deu certo!
Refez as malas e rumou para Mato Grosso do Sul!
Onde o céu é mais azul!
Lá fixou sua morada e permanece!
“Vê se não me aborrece”
Seus filhos cresceram e formaram família também!
Fincaram, os pés no chão!
Acharam o lugar muito bom!
Com o tempo, veio os netos, bisnetos, etc. e tal!
Está na quinta geração, enraizou este Brasilzão!
Gente para mais de metro!
Tantos netos!
Mulher nota 100
Cem anos de sapiência, lutando com a ciência!
Cem anos, uma celebridade!
Maturidade!
Sei que a vida não tem sido fácil, e não é!
Mas a senhora tirou de letra, mulher!
Foi sempre uma guerreira!
Criou os filhos sozinha!
Mulher comunicativa, ativa!
Verdadeira!
De uma sabedoria ímpar!
Nunca deu sopa para o azar!
Mas o tempo que tudo leva,
o vento que sopra as folhas para o ar!
Não pôde faltar!
Seu marido e companheiro foi morar com Deus!
A vida ficou meio que sem sentido,
sem o seu amor querido e amigo!
Desde então, não quis mais outro não!
Mas continuou de pé!
Com força, coragem e fé!
Remou e remou contra a maré!
Com o passar dos anos,
foi embora a sua juventude e também a saúde!
Mas a sua dignidade jamais!
Viveu e ainda vive em paz!
Mãe, avó, bisa, tri, tata!
Tantos os títulos que conquistou! Tantos os
Várias mulheres numa Antonieta só!
Chorou invernos, voou nos outonos!
Virou primaveras e muitos verões!
Viveu todas as estações
Sentiu o peso dos anos se alastrarem!
Viu o bem e também os males!
Quis ir embora, faz tempo!
Mas perdeu a viagem!
O trem não parou, ficou na estação!
Um novo vagão…
“Homessa, Deus me pregou uma peça”
Me deixando tanto tempo nesta terra!
Que privilégio ter a senhora conosco!
Honra ao mérito!
Não largou o osso!
Raridade, chegar até aqui!
Celebrar um centenário!
Relicário!
Dona Maria Antonieta!
Hoje meus parabéns vão para a senhora!
Deus que sabe de todas as coisas!
Saberá a sua hora!
Mas peço a ele, para deixar a senhora
aqui mais um “bucadin”
Felicidades sempre, a senhora aniversaria
e a gente que ganha presente!
Te amamos demais, e somos muito agradecidos
por ter ainda a senhora entre a gente!
Lúcida e tão presente, frequente!
Somos todos loucos!
Absorto!
Queremos a senhora conosco, só mais um pouco!
Ivete Porfírio = 14/01/2024
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