A diretora da Escola Municipal José Mauro Messias da Silva, Dinalva Domingos Morais, está mira do MPE (Ministério Público Estadual) por suposto assédio moral e desvio de bens. A denúncia anônima também chegou à Prefeitura de Campo Grande, que abriu sindicância e constatou “falta de conduta compatível com a moralidade administrativa e ética profissional”.
O caso chegou ao MPE dia 27 de agosto de 2013 e, quase um mês depois, a prefeitura instaurou a sindicância. De acordo com a denúncia, a diretora do colégio, localizado nas Moreninhas, “persegue” funcionários e realiza eventos, sem detalhar o destino do lucro.
Como exemplo, o denunciante elencou uma série de atividades realizadas na escola. Na última feira cultural, a diretora teria “obrigado os professores” a doar brindes para a pescaria e, mesmo assim, cobrou dos alunos para participar da brincadeira. Também revoltou a comunidade o fato de a escola vender cachorro-quente, apesar de usar o pão fornecido pela prefeitura.
Em outro evento, uma gincana, a diretora levou os alunos a “arrecadar alimentos, brindes e dinheiro” pelo bairro, com a alegação de montar cestas básicas para doar aos mais carentes do bairro. O denunciante, por sua vez, afirma que Dinalva ganhou as cestas do comércio local e não revelou o destino dos produtos arrecadados na gincana.
Além disso, ele coloca em xeque o risco que os alunos correram ao percorrem o bairro para conseguir os itens. “E o lucro (dos eventos) onde está?”, questionou na denúncia, encaminhada ao promotor da 31ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, Henrique Franco Cândia.
Ainda sobre a gincana, o denunciante afirma que os estudantes ficaram sem o prêmio prometido aos vencedores, no caso um passeio. “Foram expostos a perigos e acabaram frustrados”, comentou.
Desvio de bens – Também pesa sobre a diretora suspeita de desviar bens da escola. Conforme o denunciante, o colégio ganhou da prefeitura televisão, rádio, computador e notebook. “O material não está na escola e, até hoje, a sala dos professores segue sem computador”, afirma a denúncia.
Além disso, chegou ao MPE acusação de desleixo com a limpeza da escola e favorecimento a vereadores. “A limpeza da escola deixa a desejar por falta de profissionais, que mais faltam no serviço do que trabalham”, disse o denunciante. Ele afirma ainda que Dinalva persegue professores e funcionários da limpeza para demiti-los e contratar indicados de políticos.
Em resposta à denúncia e o resultado de sindicância na escola, encerrada em 12 de fevereiro deste ano, a prefeitura decidiu abrir processo administrativo disciplinar contra a diretora e o MPE instaurou inquérito, conforme publicação no Diário Oficial.
Procurada pelo Campo Grande News, Dinalva não retornou as ligações.
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