Em assembleia na noite desta terça-feira na sede do Sindicato dos Bancários em Dourados a categoria rejeitou a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e aprovaram greve por tempo indeterminado a partir de 0h de terça-feira, 30 de setembro. Os trabalhadores apreciaram as propostas da Fenaban, Caixa, Banco do Brasil.
A proposta dos bancos de reajuste de 7% sobre todas as verbas e 7,5% sobre o piso foi rejeitada pela maioria absoluta dos bancários presentes (recebeu apenas três votos). As reivindicações sobre emprego, saúde, condições de trabalho, fim das metas abusivas, assédio moral, segurança bancária e igualdade de oportunidades foram ignoradas pelos bancos.
Segundo o Presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Dourados e Região, Janes Estigarribia, “Os bancos podem resolver a campanha salarial na mesa de negociação. O que falta é boa vontade. As empresas têm lucros extraordinários, em 2013 foram quase R$ 60 bilhões e, só no primeiro semestre de 2014, Bradesco, Itaú e Santander, lucraram juntos R$ 19,7 bilhões. No entanto, ambos fecharam 3.686 postos de trabalho no mesmo período, andando na contramão da economia brasileira que nos primeiros seis meses do ano gerou 588,6 mil novos empregos com carteira assinada.”
A aprovação da greve segue orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, que avaliou como "insuficientes" as propostas da Fenaban e dos bancos públicos.
Os bancários reivindicam 12,5% de reajuste, piso de R$ 2.979,25 e aumento maior para os vales refeição, alimentação e auxílio-creche/babá. E sem solução para essas outras questões fundamentais, como o fim das dispensas imotivadas, da cobrança absurda por metas, ampliação dos itens do projeto piloto de segurança para todo o Brasil, e igualdade de oportunidades na ascensão profissional, os bancários decidiram parar.
Agora, aprovada a paralisação, na segunda-feira, 29/09, uma nova assembleia será realizada, também às 18h, seja para avaliar uma nova proposta, caso os bancos venham a apresentá-la, seja para organizar a paralisação. “Temos obrigação de respeitar todos os prazos da lei e, é o que estamos fazendo, para que os bancários possam exercer seu direito de greve sem serem ameaçados com demissões, por exemplo.” Explica Estigarribia.
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