Para evitar o desabastecimento de alimentos perecíveis em Rio Branco, 18 toneladas de hortifrutigranjeiros foram transportados em aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira) até a capital acreana, segundo o governo do Estado.
O transporte foi feito após pedido do governador do Acre, Tião Viana (PT), diante do risco de desabastecimento no Estado, uma vez que a cheia histórica do rio Madeira inundou estradas e dificulta o transporte entre as duas capitais.
Por medida de segurança, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) fecharam a BR-364, único acesso terrestre ao Acre, nos trechos alagados durante a noite.
Neste domingo (23), o rio Madeira ficou 80 centímetros acima do nível da rodovia no km 871, segundo a PRF de Porto Velho. Apenas grandes carretas conseguem atravessar o trecho, de cerca de 1 km, que está alagado.
A BR-425, que liga a BR-364 a Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia, está totalmente interditada.
A ponte sobre o rio Araras está comprometida há cerca de duas semanas, segundo a PRF, e o acesso a Nova Mamoré e Guajará-Mirim está sendo feito apenas pela RO-420.
Além do Madeira, em Rondônia, há transbordamentos nos rios Acre, Iaco e Riozinho do Rola, no Acre.
DESABRIGADOS
Ao todo, mais de 1.700 famílias estão desabrigadas em Rondônia e no Acre, segundo levantamento dos governos estaduais.
Em Rondônia, são 1.098 famílias desabrigadas e 447 que seguem nas regiões afetadas pela enchente do Madeira.
No Acre, há cerca de 330 famílias desabrigadas em Rio Branco e 300 em Sena Madureira (144 km a noroeste da capital).
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