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Brasil

Zeca do PT teria "torrado" R$ 122,5 milhões em propaganda

11 Abr 2007 - 09h56

No seu segundo mandato, entre 2003 e 2006, o governo de Zeca do PT teria gasto R$ 122,5 milhões com propaganda, valor mais de oito vezes superior aos R$ 13,9 milhões declarados oficialmente pelo Executivo estadual com o setor.

A diferença entre os valores oficialmente gastos e os consumidos na prática com a propaganda teria sido supostamente canalizada, via agências de publicidade, para outros fins, que o Ministério Público Estadual deve investigar agora.

A denúncia veio à tona na edição desta quarta-feira do jornal Correio do Estado. Segundo o jornal, os gastos exorbitantes do governo petista com a propaganda foram denunciados pela servidora da Cogecom (Coordenadoria Geral de Comunicação), nos  oito anos da administração de Zeca do PT, Ivanete Leite Martins, demitida pelo novo governo.

Servidora de confiança do governo petista, Ivanete Martins, segundo o Correio, revelou que as empresas beneficiadas com as verbas publicitárias pagas pela Cogecom, que depois se transformou em Subsecretaria de Comunicação, seriam obrigadas a pagar de 5% a 10% do valor recebido para membros do primeiro escalão e ao titular da Secretaria Estadual de Coordenação de Governo, que acabavam sendo rateados entre servidores públicos, além de alguns jornalistas, como uma espécie de "por fora".

Ivanete Martins, segundo o jornal, divulgou uma lista com vários nomes dos beneficiados pelas supostas propinas. Na denúncia, ela citou todos os titulares da Secretaria de Governo como mentores do tal esquema e promete revelar novas denúncias nas próximas horas, inclusive nomes de outros beneficiados pelo suposto esquema de rateio de verbas da propaganda.

Gastos exagerados - Segundo o Correio do Estado, Ivanete Martins teria dito que o maior gasto com propaganda feito pelo governo de Zeca do PT ocorreu em 2004, quando foram repassados R$ 34,1 milhões para quatro agências de publicidade.

Segundo a ex-servidora, uma única agência teria abocanhado R$ 45,2 milhões no segundo mandato de Zeca do PT. Em segundo no ranking, duas agências teriam ficado com cerca de R$ 22 milhões da verba publicitária paga pelo governo.

A ex-funcionária da Cogecom falou que, só em 2006, o governo petista teria despendido R$ 23,2 milhões com 13 agências de publicidade. Oficialmente, o governo anunciou que teria destinado apenas R$ 3,5 milhões para a propaganda em 2006. A diferença entre os gastos oficiais com propaganda naquele ano e o que foi destinado na prática para as agências chegou a R$ 19,7 milhões.

De acordo com o Correio, caso as denúncias forem mesmo confirmadas, o gasto com publicidade no último ano do governo do PT quase equivaleu ao que foi destinado para as políticas de geração de emprego (R$ 4,5 milhões) e habitação (R$ 22,6 milhões) no Estado.

Na contabilidade do jornal, o dinheiro destinado para a Comunicação no governo petista, nos últimos quatro anos, poderia pagar o Bolsa-Escola, no valor de R$ 136, para 75 mil famílias carentes por 12 meses, período em que o programa deverá ficar suspenso em Mato Grosso do Sul. Ou então serviria para construir nove mil casas populares para famílias com renda mensal de até um salário mínimo.

Contradição - O Correio lembra que as denúncias que pesam contra a administração de Zeca do PT, no campo da propaganda, são muito mais graves das que ele levou ao Ministério Público, em 1999, quando assumiu o governo e que envolveriam a administração do seu antecessor, Wilson Barbosa Martins (PMDB).

Na ocasião, Zeca do PT sugeriu a abertura de processo criminal contra o seu antecessor, pelo suposto desvio de R$ 19 milhões que teriam favorecido agências de publicidade e membros do primeiro escalão do governo peemedebista.

Ontem, ao ser abordado pela reportagem do Correio, o promotor de Defesa do Patrimônio Público e das Fundações, Marcos Antônio Martins Sottoriva, anunciou que deverá convocar Ivanete Martins para prestar depoimento sobre as denúncias contra o governo de Zeca do PT. Ele avisou que, se as denúncias tiverem consistência, vai autorizar uma investigação profunda sobre as supostas irregularidades.

 

 

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