A Volkswagen do Brasil confirmou nesta quarta-feira que pode cortar de 4 mil a 6 mil empregos do País até 2008, em um processo de reestruturação de suas atividades que vêem sofrendo prejuízos há oito anos.
No dia 20 de junho, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou ter recebido documento da montadora com a projeção de cortes de empregos. Naquela ocasião, representantes da montadora não comentaram o assunto.
O gerente de relações trabalhistas da Volkswagen no Brasil, Nilton Junior, afirmou que a empresa espera fechar um acordo com o sindicato que representa a unidade da empresa em Taubaté ainda esta semana. Segundo ele, os cortes na fábrica do interior de São Paulo podem começar já na semana que vem.
Na tarde desta quarta-feira, Nilton Junior e a diretora de assuntos governamentais da Volkswagen do Brasil, Elizabeth Carvalhaes, participam de audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Câmara dos Deputados para discutir o plano de reestruturação da empresa.
Segundo Carvalhaes, a Volkswagen foi convidada pelo governo para falar sobre o assunto e não convocada. "A Volkswagen não vai pedir nada ao governo (...) Nós apresentaremos ao governo brasileiro a nossa situação", disse ela.
A subsidiária brasileira da Volkswagen orientou sua estratégia para o segmento de exportações nos últimos anos. Porém, o câmbio atual não é suficiente para cobrir os custos de produção, de acordo com a companhia.
A Volkswagen emprega no Brasil cerca de 21 mil pessoas na área de veículos e comerciais leves e tem quatro de suas cinco fábricas no País envolvidas no processo de reestruturação.
Invertia
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