"(As vendas para o período) do Dia das Mães estão dentro de nossas expectativas e as nossas expectativas eram muito ambiciosas", disse o presidente da operadora, Roberto Lima, em entrevista a jornalistas, após a divulgação dos resultados da empresa no primeiro trimestre.
Sem revelar números, Lima informou que as vendas de celulares GSM, iniciadas em janeiro na modalidade pré-paga e em março na pós-paga, atingiram um número "fantástico".
A Vivo vendeu nos primeiros três meses do ano 360 mil linhas na tecnologia européia GSM, que todas as suas rivais usam no Brasil há anos e que garante economias de custos por causa de sua escala muito maior no mundo que o padrão que vinha sendo adotado como único pela empresa, o CDMA.
Esse total representou 33 por cento dos assinantes obtidos no mês de março, segundo Lima, que acrescentou que 90 por cento dessas linhas foram adquiridas por novos clientes.
A companhia teve nos primeiros três meses do ano prejuízo líquido de 19,3 milhões de reais, ante perda de 179,3 milhões de reais em igual período do ano passado. O resultado foi apoiado pela alta na receita média por usuário e redução da inadimplência de 4,5 para 2,7 por cento.
Apesar disso, a Vivo sofreu encolhimento da base de assinantes em 3,7 por cento no período, para 29 milhões. Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações, a Vivo encerrou março com 28,42 por cento de participação de mercado, ante 33,71 por cento no mesmo mês do ano passado.
O analista Felipe Cunha, da corretora Brascan, considerou o resultado da operadora positivo. Ele manteve, a princípio, classificação "underperform" (abaixo da média do mercado") para as ações da empresa, com preço-alvo de 9,89 reais.
Já a analista Vera Rossi, do Morgan Stanley, comentou em nota que "a performance operacional está começando a mostrar uma boa melhoria" e reiterou classificação "equal weight" (dentro da média do mercado) para os ADRs da operadora.
Às 15h52, as ações da Vivo exibiam queda de 1 por cento, a 9,09 reais. No mesmo horário o Ibovespa avançava 1,94 por cento.
EBITDA MAIOR
A companhia registrou geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 757 milhões de reais de janeiro a março, contra 717,1 milhões de reais um ano antes. A margem ficou em 26,6 por cento, contra 27,8 por cento um ano antes.
O faturamento somou 2,85 bilhões de reais no primeiro trimestre, 10,6 por cento acima do obtido no mesmo período do ano passado. A TIM, segunda maior operadora do país em usuários, teve receita líquida de 2,84 bilhões de reais e redução de 80,8 por cento no prejuízo do primeiro trimestre, para 19,46 milhões de reais.
A receita média por assinante (Arpu na sigla em inglês) da Vivo foi de 30 reais no primeiro trimestre, 18,1 por cento acima do obtido nos primeiros três meses do ano passado.
A Vivo cortou dívida líquida em 26 por cento em relação ao primeiro trimestre de 2006, para 3,3 bilhões de reais. A intenção da operadora é alongar perfil de dívida de curto prazo, que em março somava 1,28 bilhão de reais, e por isso está entrando em contato com agências de desenvolvimento, como o BNDES, informou o vice-presidente financeiro, Ernesto Gardelliano, sem dar mais detalhes.
Terra Redação
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