De acordo com a cofundadora da ONG Kofaviv, Eramithe Delva, as mulheres que são agredidas não recebem atendimento de profissionais de saúde. Além disso, acrescentou, elas não dispõem de banheiros reservados nos acampamentos.
Em consequência do terremoto, mais de 800 mil haitianos vivem em acampamentos. Em dezembro, as Nações Unidas apelaram às autoridades do Haiti para que tomassem providências no combate à violência sexual contra mulheres, jovens e crianças.
Porém, o governo haitiano nega que isso esteja ocorrendo nos acampamentos na escala denunciada pelas organizações não governamentais.. A ministra para a Condição Feminina e os Direitos das Mulheres do Haiti, Natacha Clerge, disse que “não houve aumento significativo das violações”. Segundo ela, o governo haitiano tomou medidas para melhorar as condições de vida nessas áreas.
As organizações de defesa dos direitos das mulheres convidaram uma delegação do Comitê Internacional dos Direitos Humanos para visitar o Haiti e verificar as denúncias sobre os casos de agressão sexual.
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