"Não tivemos nada igual durante os anos 90 e início da década de 2000. Nem em 1996, quando ocorreu o massacre de Eldorado de Carajás, chegamos a um número tão alto", diz Antonio Canuto, da coordenação nacional da CPT, conforme o jornal O Estado de S. Paulo.
Para a CPT, um dos motivos do aumento da violência no campo é a criação de milícias financiadas por fazendeiros. No dia 20 de novembro, cinco sem-terra foram mortos em Felisburgo (MG). O Ministério Público Estadual já havia alertado a polícia para as ameaças que vinham sendo feitas contra o acampamento de sem-terra na região.
De acordo com o jornal, foram registradas 303 ocupações de terra em 2004. O número foi de 222 no ano passado. O maior índice de ocupações nos últimos anos foi registrado em 1999, quando ocorreram 502 ações dos sem-terra. O pico de ações em 2004 ocorreu em abril, com 109 ocupações.
Para o fazendeiro João Bosco Leal, presidente do Movimento Nacional dos Produtores Rurais (MNP), os proprietários estão acuados. "Qualquer ser acuado vira uma fera", diz. "De que maneira você imagina que eu e outros produtores nos sentimos quando, após todo esse esforço, descobrimos que estamos desguarnecidos, que não temos proteção para o direito à propriedade?"
Terra Redação
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