O ex-vice-presidente iraquiano Taha Yassin Ramadan, um dos próximos de Saddam Hussein será executado na madrugada desta terça-feira, anunciou o advogado Badie Aref, que também participou da defesa de Saddam.
"Os americanos me chamaram para dizer que me prepare porque Ramadan será enforcado às 02h30 locais desta terça-feira", disse.
"Os americanos me chamaram para dizer que me prepare porque Ramadan será enforcado às 02h30 locais desta terça-feira", disse.
Ramadan, que teve a sentença confirmada no dia 15 de março, havia sido condenado à forca no dia 12 de fevereiro pelo Alto Tribunal Penal iraquiano, depois de inicialmente condenado à prisão perpétua em novembro de 2006.
A condenação está relacionada ao processo de Dujail, no qual o ex-presidente Saddam Hussein e dois outros acusados foram executados no dia 26 de dezembro, a Câmara de Apelações ordenou o envio do caso Ramadan ao Alto tribunal, por considerar que o veredicto havia sido muito clemente e com a solicitação de uma sentença mais dura.
"Juro por Deus que sou inocente. Que Deus me ajude. Que Deus castigue a quem me fizer esta injustiça", revoltou-se o ex-vice depois da condenação, em dezembro. Ramadan, de 64 anos, era considerado um radical do regime, mas sua condenação provocou inúmeros protestos em todo o mundo.
A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional estimou que se tratava de uma "negação da justiça" por parte das vítimas de seus crimes.
Um total de 148 habitantes xiitas de Dujail, norte de Bagdá, foram executados em represália por um atentado fracassado contra uma comitiva presidencial em 1982.
Saddam Hussein foi enforcado em 30 de dezembro, enquanto que seu meio-irmão, Barzan al Tikriti, ex-chefe dos serviços secretos, e o ex-presidente do tribunal revolucionário, Awad al Bandar, foram executados em 15 de janeiro.
Ramadan, sunita, foi capturado em agosto de 2003 por combatentes curdos em Mossul, a 370 km ao norte de Bagdá, e entregue às tropas americanas.
Íntimo de Saddam Hussein, fundou 1970 o "Exército Popular", a milícia do Partido Baath. Também foi membro do Conselho de Comando da Revolução (CCR), a maior instância dirigente do Iraque.
Vice-presidente desde 1991, foi um dos críticos mais ferozes dos inspetores de desarmamento das Nações Unidas. Também foi acusado pelos iraquianos no exílio de ter cometido crimes contra a Humanidade, principalmente o assassinato de centenas de curdos em 1988.
Estadão
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