Uma redução de impostos e o dólar barato levaram o consumidor brasileiro à euforia que já passou há alguns anos por outros países e ajudou a aumentar a produtividade em vários setores da economia.
É a febre da compra do notebook - computador portátil, que antes era até um símbolo de status e de ostentação. Hoje, já pode ser comprado por menos de R$ 2 mil, algo inimaginável há um ano.
Um escritório móvel é tudo o que o engenheiro elétrico Reinaldo Osaki precisa. Ele já tem um computador de mesa, mas tem que visitar clientes a trabalho. Por isso, decidiu comprar um notebook.
“Eu posso apresentar o meu trabalho para os clientes no escritório deles, na loja, onde for”, diz Reinaldo. “Eu acho que caíram bem os preços, agora está bem acessível”.
Só no ano passado, as vendas de notebook no Brasil cresceram 100% - e devem repetir o número este ano, segundo projeção dos fabricantes de produtos eletrônicos.
A queda do preço é o principal motivo para essa explosão de vendas. “O notebook mais barato que você encontrava há dois anos no varejo custava em torno de R$ 3.700,00. Hoje, você consegue encontrar por um preço abaixo de R$ 2 mil”, afirma Ivair Rodrigues, da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica.
A queda do dólar barateou o produto, já que quase todos os componentes são importados. Os benefícios fiscais que o governo deu para o setor também ajudaram: a isenção de PIS/Cofins diminuiu em 9,25% o preço final.
A inovação tecnológica também ajudou a reduzir o custo. Uma indústria de Curitiba registrou um aumento surpreendente na produção de notebooks: 908% a mais no ano passado do que em 2005. "A gente ficou bastante entusiasmado com o mercado crescente, que antes era incipiente. Todo o mercado vai se beneficiar desse novo boom que está acontecendo no Brasil", acredita o presidente da empresa, Hélio Rotenberg.
Uma pesquisa recente da Associação de Fabricantes de Produtos Eletrônicos mostra que 30% das pessoas que pretendem comprar um computador nos próximos seis meses vão levar um notebook.
E a disputa promete ser grande. Um supermercado de São Paulo fez uma promoção de computadores – e em cinco dias, 85% dos notebooks foram vendidos. No caso de alguns modelos, não sobrou nenhum para exposição na prateleira.
“De outubro do ano passado pra cá, é o item mais procurado, até pelos recursos – a praticidade, a mobilidade – que o produto oferece”, afirma o gerente de informática da rede, Avelino Nogueira. “Hoje o consumidor exige mobilidade, até por conta do que está acontecendo mesmo com a tecnologia digital”.
G1
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