A partir de 2010, a vacina pneumocócica conjugada, que previne pneumonia, meningite bacteriana e otite média fará parte do calendário de vacinação infantil das crianças menores de um ano.
A informação foi dada pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Um acordo de cooperação tecnológica firmado entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com a multinacional GlaxoSmithKline (GSK), vai permitir a produção da vacina que amplia a proteção contra as doenças infantis.
A transferência de tecnologia será feita em quatro etapas e deve durar cerca de 10 anos para ser concluída.
O programa Nacional de Imunização oferecerá 13 milhões de doses a 3,2 milhões de bebês e estima-se que, com a vacinação em massa nessa faixa etária, possam ser evitadas cerca de 1.500 mortes de bebês por ano.
No Brasil, o pneumococo causa cerca de 1.500 casos de meningite, 20 mil hospitalizações por pneumonia e mais de três milhões de otite média aguda por ano.
Hoje, a vacina é acessível apenas para quem pode pagar aproximadamente R$ 500 para proteger cada criança no mercado privado. A partir de 2010, ela estará no Sistema Único de Saúde (SUS).
A expectativa é de que sejam evitados mais de 10 mil óbitos de crianças com menos de cinco anos, por ano, disse Temporão.
A nova vacina será a mais completa do país para esse tipo de imunização, porque engloba dez tipos diferentes da bactéria pneumocócica, enquanto a vacina disponível, atualmente no mercado, inclui apenas sete sorotipos.
A vacina havia sido aprovada para uso no Brasil, em junho, depois de recomendada, em março, para introdução na Europa.
Para garantir uma taxa de imunização de 80% a 85% contra essas doenças, a imunização deve ser feita em duas etapas, com uma terceira de reforço. Ou em três, com uma quarta de reforço, dependendo da idade da criança. Até 2017, segundo o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, o Brasil estará produzindo 100% da vacina.
A nova vacina, conhecida pelo nome comercial de Synflorix é indicada para crianças a partir de seis semanas de vida até os dois anos de idade e protege contra infecções causadas pela bactéria S. pneumoniae.
"Todas as cerca de 3,2 milhões de crianças que nascem por ano serão imunizadas. Isso é importante, pois vai antecipar a meta do Milênio com a qual o Brasil está comprometido com a redução da mortalidade infantil", destacou Gadelha.
O acordo público-privado prevê, também, uma parceria inédita no país, voltada ao desenvolvimento tecnológico de vacinas para a dengue, a malária e o aperfeiçoamento da vacina contra a febre amarela, que já é produzida pela Fiocruz, porém, com tecnologia antiga e onerosa, segundo Paulo Gadelha. A matéria foi publicada nos principais jornais do país.
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