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Triplica média mensal de acidentes ferroviários em MS

20 Jul 2004 - 16h09

A média mensal de acidentes ferroviários nos 1.330 quilômetros da malha ferroviária em Mato Grosso do Sul triplicou depois da privatização, saltando de apenas cinco por mês para 18, segundo o STEFBU-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul). Conforme levantamento da entidade, enquanto em 1995 – último ano antes da privatização da malha férrea do Estado – eram 62 acidentes por ano e agora esse média subiu para 215.

Segundo Valdemir Vieira, diretor licenciado do STEFBU-MS, no passado a RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A.) tinha preocupação com a manutenção da malha ferroviária para evitar acidentes. “Eram 4,1 mil funcionários que realizavam um trabalho preventivo, trocando os trilhos, as dormentes e as pedras. Hoje são apenas 590”, recorda-se o sindicalista, revelando que até junho deste ano já foram 115 acidentes no Estado, enquanto em 2003 foram 210 acidentes.

Dos 115 acidentes registrados este ano na malha ferroviária de Mato Grosso do Sul, o mais grave foi o ocorrido na madrugada do dia 17 de junho no município de Chapadão do Sul, onde duas locomotivas da Ferronorte carregadas com soja e farelo de soja colidiram. O acidente ocorreu em virtude de uma das locomotivas estar parada nos trilhos e a outra composição ter vindo no mesmo sentido, batendo na traseira.

De acordo com o diretor do STEFBU-MS, o número de acidentes poderia ser ainda maior e não é porque a Novoeste reduziu em 50% a circulação de composições no Estado ao fechar o ramal de Ponta Porã. “Antes eram seis composições por dia circulando na malha ferroviária do Estado e agora caiu para três”, explica, informando que o Sindicato já pediu à Brasil Ferrovias – holding que controla a Novoeste e Ferronorte – que fossem contratados mais 390 trabalhadores para fazer a manutenção.

As reclamações do Sindicato têm o respaldo da ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres) que divulgou que a Ferrovia Novoeste, que opera o transporte de cargas entre Bauru (SP) e Corumbá (MS), é a pior entre as 11 concessionárias férreas do País. Além da Novoeste, as outras concessionárias que apresentaram índice de satisfação abaixo do esperado são a América Latina Logística do Brasil, a Ferrovia Centro-Atlântica e a Ferroban, enquanto a Companhia Ferroviária do Nordeste apresentou índice normal de satisfação, de acordo com a ANTT.

Conforme o relatório divulgado pela Agência, a quase totalidade das reclamações referentes às concessões ferroviárias diz respeito à administração ou à conservação da ferrovia e foram apresentadas, não por usuários, mas por pessoas que residem na área de influência física das ferrovias ou por sindicatos e associações de trabalhadores a elas relacionados.

 

 

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