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Trabalhadores fecham a entrada do frigorífico Mataboi, em Três Lagoas

7 Abr 2011 - 11h21Por Campo Grande News

Desde o início da manhã de hoje, mais de 100 trabalhadores da unidade de Três Lagoas do frigorífico Mataboi protestam em frente à porta da empresa, na saída para o município de Brasilândia. O movimento é acompanhado por guarnições da Polícia Militar (Rotai) e pela Polícia Rodoviária Federal.

Uma das primeiras providências tomadas pelos trabalhadores foi bloquear o acesso à entrada principal da empresa para impedir que funcionários administrativos e membros da direção tivessem acesso ao prédio do frigorífico. Com isso, nenhum veículo podia entrar na empresa até o início da manhã.

Os trabalhadores iniciaram o protesto depois que descobriram que a empresa não depositou nesta quinta-feira (7), como havia prometido, os salários de março e os direitos trabalhistas relativos ao período trabalhado.

A unidade de Três Lagoas do Mataboi encerrou suas atividades no último dia 28 no município, onde operava há cerca de um ano. O frigorífico empregava cerca de 500 trabalhadores e abatia 15 mil cabeças de bovinos ao mês.

Denúncia - No início da manhã, o funcionário Edilson Ferreira da Silva, um dos líderes da manifestação, informou que além de não receberem os trabalhadores, os diretores do Mataboi do município avisaram que a empresa não vai pagar os salários e as indenizações num período inferior a um ano.

A informação consta de denúncia feita nesta quarta-feira, pelos funcionários, ao Ministério Público do Trabalho.

Na mesma denúncia, os trabalhadores citam que a direção local da empresa avisou que de agora em diante não negocia com os funcionários. Os diretores, segundo a denúncia, têm informado que qualquer negociação sobre os direitos trabalhistas terá que ser feita diretamente com os advogados do grupo Mataboi, na sede do conglomerado, na cidade mineira de Araguari.

“Nem os nossos telefonemas a empresa atende. Os diretores de plantão na unidade de Três Lagoas da empresa esnobam de nossos pedidos e nos mandam ligar para Araguari”, disse o funcionário.

“Todos aqui têm dívidas e não podem ficar sem receber”, ressaltou.

Edilson também denuncia que o Mataboi não teria depositado nem os 40% de multa referentes ao FGTS dos trabalhadores. “Com isso não podemos sacar esse dinheiro”, contou.

Ele acusa o Sindicato dos Trabalhadores dos Frigoríficos do Estado, sediado em Campo Grande, de atuar de acordo com os interesses do Mataboi.

Agora há pouco, o Ministério Público do Trabalho de Três Lagoas enviou funcionários para conferir de perto a situação dos trabalhadores do Mataboi e achar possíveis saídas para o impasse.

A PM também enviou reforços ao local da manifestação, para prevenir confrontos entre os trabalhadores e colegas que estão no interior da unidade do Mataboi e membros da direção da empresa.

Reivindicações - Além de cobrarem o pagamento dos salários e das indenizações, os trabalhadores exigem que a empresa indique um representante para negociar a quitação desses direitos.

Eles denunciaram que, alguns dias antes de suspender as atividades no município, no dia 28, o Mataboi havia agendado uma reunião com os funcionários. No entanto, na data marcada a empresa obrigou os trabalhadores a assinarem a rescisão de contrato, estipulando, inclusive, o dia para o acerto dos salários, promessa que não foi cumprida.

“Nos fizeram assinar a rescisão e nos mandaram embora sem qualquer indenização. Desde então somos proibidos de entrar na empresa, que vem sendo vigiada agora por homens fortemente armados”, denunciou Leoanda da Conceição de Azevedo, que trabalhava no setor de abates do frigorífico e exige o pagamento imediato dos salários e demais direitos.

Há três meses na empresa, ela acusou o Mataboi de não fornecer transporte para os funcionários chegarem ao trabalho, não pagar horas extras, não disponibilizar serviços de saúde aos funcionários, além de não pagar salário família e de descontar faltas justificadas com atestado médico.

“Eles chegaram a nos prometer até cesta básica, mas nem isso cumpriram até hoje”, disse a mulher, que recebia salário de R$ 500.

“Sempre nos trataram como bandidos aqui na empresa”, afirma a trabalhadora. Ela falou ainda que nos dias que antecederam ao fechamento da planta industrial o Mataboi obrigava os funcionários da linha de abate a realizarem tarefas fora de sua área.

“Tínhamos que varrer o pátio da empresa, pintar meio fio e até limpar os banheiros, usando o guarda pó da linha de produção”, disse Leoanda da Conceição.

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