Menu
terça, 23 de abril de 2024
Busca
Busca
Brasil

TJ nega habeas corpus a contador da Prefeitura de Cassilândia

29 Mai 2007 - 17h05

Os desembargadores da 1ª Turma Criminal do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negaram hoje, por unânime, habeas corpus ao servidor municipal Jorge Yoshishilo Kobaiashi, contador da Prefeitura de Cassilândia, acusado de peculato. Para o desembargador João Batista da Costa Marques, relator do processo, a prisão preventiva do contador, acusado de formação de quadrilha com graves danos ao patrimônio público de Cassilândia, deve ser mantida porque ele tentou ocultar provas e intimidar testemunhas.

No entender do relator do habeas corpus, colocar em liberdade Jorge Kobaiashi seria perigoso, pois o servidor, estando preso, é garantia da instrução processual e possível aplicabilidade da lei. O desembargador destacou que ainda que o contador teve a prisão decretada devido à conduta durante as investigações, já que a Prefeitura solicitou que ele se mantivesse afastado do caso, mas compareceu ao local e manteve contato com as testemunhas que já tinham sido ouvidas pela Polícia.

Segundo consta no processo, Jorge Kobaiashi queria saber o que os servidores haviam dito em depoimento à Polícia, completando que levaria as informações para os superiores para que as medidas cabíveis fossem tomadas. A Polícia entendeu que ele estava tentando intimidar as testemunhas para não mencionar a verdade dos fatos e, devido a isso, teve a prisão preventiva decretada.

Em sustentação oral, a defesa do contador alegou que a prisão preventiva é ilegal por ser o réu primário, ter bons antecedentes, possuir residência fixa, ser parte de família conhecida na cidade e ser servidor público há 31 anos. A defesa argumentou também que ele trabalha como contador na Prefeitura de Cassilândia desde 1976 e, há alguns dias, foi surpreendido com a denúncia de peculato.

Para mostrar que o cliente não está envolvido no esquema de corrupção, a defesa definiu peculato e lembrou que não existe nos autos perícia contábil que comprove a participação na situação fraudulenta. “Um contador faz lançamentos e para mexer com dinheiro existe a tesouraria. No entanto, a tesoureira está em liberdade por ter sido contemplada com a delação premiada”, completou citando nomes e valores de outras pessoas acusadas de participar do esquema de desvio de dinheiro público.

Aos desembargadores, a defesa esclareceu que o art. 513 do Código de Processo Penal prevê que para os crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, a queixa ou a denúncia será instruída com documentos ou justificação que façam presumir a existência do delito ou com declaração fundamentada da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas e repetiu que não existe no processo laudo técnico.

“Além de estar em prisão preventiva, com liminar negada anteriormente pela desembargadora Marilza Lúcia Fortes, o paciente ainda está sofrendo ação civil pública para ter seus bens seqüestrados”, completou, finalizando a sustentação oral com dois julgados em que acusados de participar de crimes gravíssimos, detectados pela Operação Navalha, foram postos em liberdade por ministros do Superior Tribunal de Justiça, nesta segunda-feira.

 

 

Mídia Max

Participe do nosso canal no WhatsApp

Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.

Participar

Leia Também

VICENTINA - PROGRESSO
Prefeito Marquinhos do Dedé lidera avanço histórico rumo ao saneamento completo em Vicentina
Fátima Fest 2024
Agora é oficial Luan Santana divulga em sua agenda a data do show em Fátima do Sul no Fátima Fest
Ajude
Mãe luta por tratamento de filha especial e por sobrevivência dos outros filhos em Campo Grande
Saúde
Repórter Dhione Tito faz cirurgia no joelho e se diz confiante para correr atrás do boi de rodeio
Saúde
Professora de Campo Grande luta contra câncer em estágio avançado e precisa da sua ajuda

Mais Lidas

MEGA-SENA - Foto: Tânia Rego/ Agência BrasilSORTUDOS DE MS
Sortudos de MS faturam R$ 202,8 mil na quina da Mega-Sena; DEODÁPOLIS e mais 13 cidades na lista
FOTO: JD1FEMINICÍDIO EM MS
FEMINICÍDIO: Mulher morre ao ser atropelada várias vezes pelo namorado em MS
José Braga tinha 77 anos de idade - (Foto: Rede social)LUTO
Morre José Braga, ex-vereador em Dourados e Fátima do Sul
FEMINICÍDIO
Família se despede de Andressa em velório após ser atropelado por marido
ASSASSINATO
Mulher morta com 30 facadas desistiu de programa por achar assassino 'muito feio' em MS