Chuva que durou uns 35 minutos na tarde desta terça-feira provocou um caos no trânsito de Campo Grande e assustou os habitantes da cidade. A água inundou delegacia, uma ala da Santa Casa, maior hospital do município, derrubou muro de cemitério, deixou famílias ilhadas e intransitáveis os principais trechos das vias centrais.
No bairro Jockey Clube, região mais castigada, a enxurrada carregou móveis e utensílios. Lá, um morador usou seu Jet Ski para ajudar desabrigados nas partes alagadas.
Ainda no Jockey, uma família inteira teve de subir na laje da casa e lá ficou até o socorro do Corpo de Bombeiros.
Na casa, situada na rua das Hortências, a água, segundo a moradora de 1,60 metro de altura, atingiu seu peito. Ela, a mãe e os três filhos pequenos foram forçados a subir no telhado da casa e de lá saíram somente com a chegada do socorro. “Perdemos tudo”, disse o garotinho Paulo Vítor, de 11 anos. Nessa rua, dezenas de moradores tiveram suas casas invadidas pela água.
Perto dali, no bairro Marcos Roberto, a chuva também deixou os moradores apavorados. Além dos alagamentos, uma árvore caiu sobre a fiação da Enersul e deixou a região sem luz. “Aqui sempre é assim: toda chuva provoca estragos”, disse uma moradora.
Já na rua Roberto Mange, região da Vila Bandeirantes, dezenas de árvores caíram durante a chuva.
Na avenida Fernando Corrêa da Costa, via que corta a região central da cidade de ponta a ponta teve diversos trechos alagadas.
A água invadiu carros e os motoristas tiveram de contar com a ajuda dos bombeiros.
O prédio do Cepol (Centro Especializado de Polícias), na avenida Ceará, também foi atingido. A água invadiu as repartições e comprometeu o expediente dos servidores.
Na Santa Casa, o pronto-socorro do hospital, maior da cidade, ficou alagado. Os estragos afetaram também o shopping e um supermercado.
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