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Brasil

Temperaturas altas elevam risco de AVC

18 Jan 2010 - 13h45Por ABN News

Os cuidados devem redobrar na primavera quando picos de calor são muito comuns

As altas temperaturas registradas na primavera e no verão, mais do que incômodo, são fatores iminentes de doenças, entre elas o acidente vascular cerebral - AVC.

Os termômetros nas alturas são responsáveis por desidratação, arritmias cardíacas, hemoconcentração e maior agregação plaquetária, vasodilatação e diminuição da pressão arterial. Fatores que combinados se configuram num possível estopim para o surgimento da doença que mais mata no Brasil.

Estudos do americano Eugene Rogot apontam que em regiões tradicionalmente quentes, as temperaturas ideais situam-se entre 26°C e 32°C. Quanto mais os termômetros se afastam desses dois extremos, maiores são as chances de se desenvolver um AVC.

Calor semelhante ao encontrado nos últimos dias provoca a diminuição da pressão arterial devido ao dilatamento das artérias.

O sangue, por sua vez, torna-se mais viscoso e com maior densidade de plaquetas - célula sanguínea responsável pela coagulação envolvida nos processos de trombose. A trombose é uma situação em que se formam coágulos no interior das artérias, conseqüentemente obstruindo-as e interrompendo o fluxo de sangue.

O neurologista Rubens José Gagliardi, vice-presidente da Academia Brasileira de Neurologia, membro do Departamento de Doenças Cerebrovasculares da instituição, orienta a evitar o consumo de carne vermelha e manter uma boa ingestão de líquidos, para uma correta hidratação. "Esse período do ano é fortemente marcado pela desidratação.

É importante ingerir muito líquido, investir em alimentação leve e se abrigar do sol. O consumo de bebidas alcoólicas, no entanto, é desaconselhado, uma vez que ajuda a desidratar o indivíduo".

Indivíduos que fumam ou sofrem de elevadas taxas de colesterol devem ter atenção redobrada, pois apresentam maior chance de ser vítima de um acidente vascular cerebral.

Entenda o AVC
O Acidente Vascular Cerebral decorre da alteração do fluxo de sangue no cérebro. Responsável pela morte de células nervosas da região cerebral atingida, o AVC pode se originar de uma obstrução de vasos sanguíneos, o chamado acidente vascular isquêmico, ou de uma ruptura do vaso, conhecido por acidente vascular hemorrágico.

Acidente vascular isquêmico ou infarto cerebral: responsável por 80% dos casos de AVC. Esse entupimento dos vasos cerebrais pode ocorrer devido a uma trombose (formação de placas numa artéria principal do cérebro) ou embolia (quando um trombo ou uma placa de gordura originária de outra parte do corpo se solta e pela rede sanguínea chega aos vasos cerebrais).

Ataques isquêmicos transitórios, como o próprio nome indica, corresponde a obstruções temporárias do sangue a uma determinada área do cérebro. Geralmente, originada do acúmulo de plaquetas agregadas em placas nas paredes dos vasos ou formação de coágulos no coração.

Os sinais e sintomas desse ataque são os mesmos do AVC, contudo tem duração de poucos minutos e deve servir de alerta para que o paciente procure assistência médica imediatamente, pois nesses casos o risco de um AVC é iminente.

Acidente vascular hemorrágico: o rompimento dos vasos sanguíneos se dá na maioria das vezes no interior do cérebro, a denominada hemorragia intracerebral. Em outros casos, ocorre a hemorragia subaracnóide, o sangramento entre o cérebro e a aracnóide (uma das membranas que compõe a meninge).

Como conseqüência imediata, há o aumento da pressão intracraniana, que pode resultar em maior dificuldade para a chegada de sangue em outras áreas não afetadas e agravar a lesão. Esse subtipo de AVC é mais grave e tem altos índices de mortalidade.

Sintomas e sinais de alerta
Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como:

Dor de cabeça muito forte, de instalação súbita, sobretudo se acompanhada de vômitos.

Fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, geralmente afetado um dos lados do corpo;

Paralisia (dificuldade ou incapacidade de movimentação);

Perda súbita da fala ou dificuldade para se comunicar e compreender o que se diz;

Perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos.

Outros sintomas do acidente vascular isquêmico são tontura, perda de equilíbrio ou de coordenação. Os ataques isquêmicos podem manifestar-se também com alterações na memória e da capacidade de planejar as atividades diárias, bem como a negligência. Neste caso, o paciente ignora objetos colocados no lado afetado, tendendo a desviar a atenção visual e auditiva para o lado normal, em detrimento do afetado.

Aos sintomas do acidente vascular hemorrágico intracerebral A estes sintomas, podem se associar, dependendo da extensão e da localização da lesão no cérebro, podem-se acrescer náuseas, vômito, convulsões, confusão mental e, até mesmo, perda de consciência.

O acidente vascular hemorrágico subaracnóide, por sua vez, é comumente caracterizado é acompanhado por sonolência, alterações nos batimentos cardíacos e freqüência respiratória cefaléia extremamente forte, rigidez de nuca, e eventualmente sonolência e convulsões.

Tratamento imediato
Quanto mais cedo o paciente for atendido melhor o prognóstico e maior as chances de sobrevivência. Um importante avanço no tratamento do acidente vascular cerebral isquêmico foi o desenvolvimento de novas terapias capazes de dissolver o coágulo, como os trombolíticos, e restaurar o fluxo sangüíneo para o cérebro.
Alguns tratamentos funcionam melhor se administrados até três horas após o início dos sintomas. O tratamento da hemorragia cerebral também é mais eficiente quando o paciente tem atendimento nas primeiras horas.

Infelizmente, a maioria dos pacientes não chega ao hospital em tempo de receber essas formas de terapias. De qualquer modo, todo paciente deve ser encaminhado ao hospital o mais rapidamente possível, para receber tratamento apropriado.

Os procedimentos diagnósticos realizados no hospital são fundamentais para diferenciar o Acidente Vascular Cerebral de outras doenças igualmente graves e com sintomas semelhantes.

Fatores de risco
A maioria dos fatores de risco para AVC são passíveis de intervenção e correção, portanto é possível se fazer um tratamento preventivo. A chamada prevenção primária.

Entre os fatores de risco que podem ser tratados modificados destacam-se:
Hipertensão;

Diabetes;

Tabagismo;

Consumo abusivo de freqüente de bebidas alcoólicas álcool

Consumo de drogas ilícitas;

Estresse;

Distúrbio das gorduras (dislipdemias) como, por exemplo, o colesterol elevado;

Doenças cardiovasculares cardíacas, sobretudo as que produzem arritmias;

Sedentarismo;

Doenças hematológicas.

Existem, contudo, fatores que podem facilitar o desencadeamento de um Acidente Vascular Cerebral e que são inerentes à vida humana, como o envelhecimento. Pessoas com mais de 55 anos possuem maior propensão a desenvolver o AVC.

Características genéticas, como pertencer a raça negra, e história familiar de doenças cardiovasculares também aumentam a chance de AVC. Esses indivíduos, portanto, devem ter mais atenção e fazer avaliações médicas mais freqüentes.

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